Austrália pode eliminar casos de câncer de colo de útero até 2028

Estima-se que 99,7% dos casos de câncer do colo do útero são causados ​​por infecção por Papillomavirus Humano (HPV), que é sexualmente transmissível.


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Foto: SMS Goiânia/Divulgação

A Austrália pode eliminar a incidência de câncer de colo de útero até 2028, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (3) na publicação científica “The Lancet”. O país está no caminho para atingir o limiar de quatro ou menos novos casos por 100.000 mulheres a cada ano, eliminando efetivamente o câncer até 2028, segundo o novo estudo publicado.

Isso depende da alta cobertura de vacinação da Austrália e da manutenção da triagem, escrevem os autores do estudo. “Esta é uma notícia tão animadora para as mulheres em toda a Austrália”, disse a professora Karen Canfell, diretora de pesquisa do Conselho de Câncer NSW, cuja organização liderou o estudo.

Estima-se que 99,7% dos casos de câncer do colo do útero são causados ​​por infecção por Papillomavirus Humano (HPV), que é sexualmente transmissível.

Pioneirismo australiano

A Austrália foi um dos primeiros países a introduzir um programa nacional de vacinação contra o HPV para meninas em 2007, e desde então tem sido estendido para alcançar uma alta cobertura de vacinação em ambos os sexos, de acordo com o estudo. Seu Programa Nacional de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero começou em 1991.

Em seu novo estudo, os pesquisadores do Conselho de Câncer australiano analisaram dados sobre a vacinação contra o HPV, a história natural da doença e o rastreamento do colo do útero para estimar a incidência de câncer do colo do útero na Austrália de 2015 a 2100.

Atualmente, a Austrália relata sete casos deste tipo de câncer a cada 100.000 mulheres, de acordo com o estudo. Além de eliminar a doença em 20 anos, os dados mostraram que a incidência anual de câncer do colo do útero diminuirá e permanecerá em menos de um caso por 100.000 mulheres se a triagem de HPV a cada cinco anos continuar e enquanto as pessoas receberem a vacina.

A Austrália foi chamada de “líder global na prevenção do câncer de colo do útero” no estudo. O país já tem um dos índices mais baixos de casos de câncer de colo do útero e mortes devido à doença, de acordo com o estudo.

Após a introdução do programa nacional de prevenção, em 1991, o número de mulheres com mais de 25 anos diagnosticadas com câncer cervical caiu em pelo menos 50% até 2010, segundo um estudo.

Em 2017, o país mudou do exame papanicolau, que detecta quaisquer alterações no colo do útero, a cada dois anos, para um novo teste cervical do HPV feito a cada cinco anos para mulheres de 25 a 74 anos. O novo teste pode detectar anormalidades celulares de infecções por HPV antes destas aparecerem e espera-se que reduza a mortalidade e os casos de câncer cervical em 20%, de acordo com o estudo.

Fonte: G1

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