Camelôs brasileiros vendem réplicas de camisas da seleção na Rússia por R$ 180

Eles driblam fiscalização da polícia russa, da Fifa e da CBF, que têm regras rígidas sobre venda de produtos ligados à Copa do Mundo.


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Réplicas de camisas da seleção fazem sucesso em Moscou, apesar das rígidas regras sobre venda de produtos ligados à Copa do Mundo (Foto: RICARDO SENRA/BBC)

Um grupo de brasileiros se tornou o centro das atenções na zona central de São Petersburgo, local do jogo entre a seleção brasileira e a Costa Rica nesta sexta-feira, na segunda partida de ambas na Copa do Mundo da Rússia.

Burlando a marcação forte da polícia russa, da Fifa e da CBF, que têm regras rígidas sobre a venda de produtos ligados à Copa do Mundo e à Seleção, eles abriram uma lona preta com dezenas de réplicas de camisas da camisa oficial de Neymar e companhia a poucos metros da Fifa Fan Fest, principal ponto de encontro de torcedores, à beira do belo rio Neva, que corta o centro da cidade.

Em segundos, eles foram cercados por turistas japoneses, britânicos e americanos em busca da camisa verde-amarela.

A empolgação, no entanto, diminuia quando os brasileiros anunciavam os preços das réplicas: 3 mil rublos – ou R$ 179.

No Brasil, camisas semelhantes são vendidas por R$ 30 em mercados populares.

Ainda assim, o valor é bastante inferior ao praticado pela Nike, fabricante oficial das peças da Seleção. Vendidas em três versões, as camisas oficiais variam no site da marca entre R$ 249,90 e R$ 449,40.

Regras rígidas

Quando a polícia se aproximava, o grupo fechava imediatamente a lona de camisetas e aguardava – exatamente que como acontece em grandes centros urbanos brasileiros quando aparece o chamado “rapa”.

Muitos compradores estrageiros, no entanto, não entendiam o motivo da discrição e insistiam em entregar maços com até 30 notas de 100 rublos bem próximo à fiscalização.

“Don’t show the money, dinheiro no (Não mostrem o dinheiro)”, diziam os camelôs brasileiros, em inglês e português.

A reportagem acompanhou pelo menos cinco vendas em um intervalo de 10 minutos.

Quando os agentes de fiscalização se aproximavam, os brasileiros guardavam as mercadorias. Mas os turistas interessados em comprar as blusas, muitas vezes, demorava para perceber o motivo de tanta discrição (Foto: RICARDO SENRA/BBC)

Quando os agentes de fiscalização se aproximavam, os brasileiros guardavam as mercadorias. Mas os turistas interessados em comprar as blusas, muitas vezes, demorava para perceber o motivo de tanta discrição (Foto: RICARDO SENRA/BBC)

A localização estratégica, sob as cúpulas da Catedral do Sangue Derramado, um dos principais cartões postais da cidade, facilitava as vendas. O vaivém na região reúne dezenas de milhares de pessoas todos os dias.

Fifa e CBF proíbem o uso de símbolos da Copa ou do escudo da Seleção brasileira e da própria Confederação Brasileira de Futebol em qualquer objeto, folder, roupa ou peças virtuais sem licenciamento prévio.

Quem viola a regra pode ser processado por falsificação, com penas que vão desde multas a até prisão.

Mas os camelôs na Rússia continuam em ação. As camisas mais procuradas no mercado paralelo são as de Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus.

Fonte: G1

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