Claudio Klein comenta saída de médicos cubanos do programa social Mais Médicos

Atualmente, mais de 80 países contam com médicos cubanos.


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Foto: Reprodução

O governo de Cuba informou há uma semana que não faria mais parte do programa social Mais Médicos, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil. O país caribenho envia profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde desde 2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff criou o programa para atender regiões carentes sem cobertura médica.


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De acordo com o médico Claudio Klein, esses profissionais eram destinados a áreas com déficit de médicos, ajudando comunidades e regiões em que havia uma precariedade na área da saúde. Klein destaca que são mais de 8 mil especialistas que devem voltar à ilha. Em Lajeado, os nove médicos já pararam de realizar atendimentos e devem voltar à Cuba na quinta-feira. Com esse novo cenário, haverá um desfalque de quase 20% na equipe de médicos da Prefeitura de Lajeado, que contava com cerca de 50 profissionais.

Klein destaca que Cuba tem mais de 37 mil médicos, atendendo países neste modelo desde 1960. Atualmente, mais de 80 países contam com médicos cubanos e garantem um lucro anual de cerca de R$ 8 bilhões de dólares ao governo.


Revalida

Em agosto, ainda em campanha, Bolsonaro declarou que ele “expulsaria” os médicos cubanos do Brasil com base no exame de revalidação de diploma de médicos formados no exterior, o Revalida. A promessa também estava em seu plano de governo.

Fora do Mais Médicos, os formados no exterior não podem atuar na medicina brasileira sem a aprovação no Revalida. Mas no caso do programa federal, todos os estrangeiros participantes têm autorização de atuar no Brasil mesmo sem ter se submetido ao exame.

Klein destaca que a realização do Revalida por parte desses profissionais seria uma alternativa interessante, pois os tornaria médicos brasileiros.

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