Congresso peruano aprova novo pedido que busca destituir Kuczynski

A iniciativa, segunda em três meses promovida pela oposição, foi aprovada por 87 votos a favor, 15 contra e 15 abstenções de parlamentares no Congresso unicameral.


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O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, durante mensagem na TV aos peruanos (Foto: HO / Presidência do Peru / via AFP Photo)

O Congresso peruano aprovou nesta quinta-feira (15) um novo pedido que busca destituir o presidente Pedro Pablo Kuczynski, por supostamente mentir sobre suas relações com a empresa brasileira Odebrecht, investigada em casos de corrupção.

A iniciativa, segunda em três meses promovida pela oposição, foi aprovada por 87 votos a favor, 15 contra e 15 abstenções de parlamentares no Congresso unicameral.

O debate será realizado em um prazo máximo de dez dias, e Kuczynski poderá comparecer para se defender em companhia de um advogado, como aconteceu na primeira moção, apresentada em dezembro do ano passado.

A destituição do presidente exige o apoio de pelo menos 87 dos 130 parlamentares.

Kuczynski, que assumiu o cargo em julho de 2016, evitou a destituição em dezembro, graças ao apoio de parlamentares dissidentes do maior partido de oposição, Fuerza Popular, liderados pela ex-candidata presidencial Keiko Fujimori.

Westfield Capital

Segundo a agência de notícias Efe, o novo pedido se refere às assessorias que Kuczynski prestou à Odebrecht por US$ 782 mil entre 2004 e 2007 através de sua empresa Westfield Capital, quando era administrada pelo sócio chileno Gerardo Sepúlveda.

Na época, Kuczynski era ministro do governo do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), denunciado por sua vez por supostamente ter recebido US$ 20 milhões em propina da empresa brasileira.

Além disso, o pedido dos legisladores se baseia nas 140 transferências bancárias para contas de Kuczynski supostamente vinculadas a Odebrecht, Westfield e First Capital, esta última a empresa de consultoria de Sepúlveda, segundo um relatório enviado pelo Banco de Crédito do Peru (BCP) ao Ministério Público peruano.

Fonte: G1

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