Crise do leite: entidades buscam decretar estado de calamidade pública no setor

Encontro do Grupo de Trabalho na Assembleia Legislativa discutiu nesta quinta-feira (5) o cenário atual da cadeia leiteira.


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Participaram da reunião representantes da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, da Associação Gaúcha de laticínios, Instituto Gaúcho do Leite, Fetag, Fetraf, Ministério da Agricultura, Sindilat, Unicafes, Cosulati, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Codevat. (Foto: Divulgação)

Representantes do setor lácteo decidiram declarar estado de calamidade no setor em função das dificuldades econômicas dos produtores. O Grupo de Trabalho do Leite se reuniu na manhã desta quinta-feira (5) na Assembleia Legislativa para analisar o cenário do setor produtivo e os desdobramentos após a primeira reunião do GT, realizada durante a Expointer.

O objetivo é intensificar a mobilização e ações junto à bancada federal gaúcha e ao governo federal pela adoção de medidas urgentes de enfrentamento à maior crise nas últimas décadas, que já afastou 25 mil famílias da atividade. A presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari Cíntia Agostini participou do encontro representando a região. Ela fala das ações que estão sendo tomadas.

“Nós estamos solicitando que seja vista a perspectiva de como controlar essa importação de leite uruguaio. Estamos solicitando uma compra institucional do que está no mercado, para que se possa valorizar um pouco mais o preço do leite”, relata Cíntia.


ouça a entrevista

 


A situação se deteriorou nas últimas semanas, com a queda de até oito centavos no preço médio pago ao produtor e há risco de quebradeira generalizada de agricultores, cooperativas e empresas. Em algumas regiões, produtores estão recebendo 66 centavos pelo litro do produto, que tem um custo de produção de R$ 1,27.

Nesse contexto, a presidente do Codevat destaca uma nova pauta levantada no encontro que visa encontrar alternativas para auxílio aos produtores que realizaram empréstimos via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Os nossos produtores em 2013 e 2014 buscaram recursos via Pronaf e agora, acabando o período de carência desses investimentos financiados, eles tem que começar a pagar essas contas. No entanto, naquele momento havia uma perspectiva de valorização, mas agora não se tem conseguindo nem mesmo cobrir nem o custo”, comenta.

O Grupo decidiu formar uma comitiva que irá a Brasília na próxima semana para agendas com as bancadas do RS, SC e PR e com ministérios para apresentar reivindicações da cadeia produtiva. NH

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