Uma obra de aproximadamente uma década, que implica diretamente no desenvolvimento do Vale do Taquari, está prestes a ser encerrada. A duplicação da BR-386 deve ser concluída em 40 dias, a contar desta quarta-feira (21). O anúncio foi feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
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Restam 2,6 quilômetros a serem duplicados, que abrangem o trecho da aldeia indígena em Estrela. Com isso, 97% da obra já estão finalizados. O total de 34 quilômetros de duplicação se estende de Estrela a Tabaí. A ampliação da estrada teve início em 2010, com previsão de conclusão para 2013 e investimento de R$ 147,4 milhão. O adiamento encareceu em 41,72%, passando para R$ 201,1 milhões.
Um dos entraves para que o cronograma fosse cumprido foi o reassentamento da aldeia indígena que fica às margens da rodovia, além da escassez de recursos e da demora na liberação de licenças ambientais. A duplicação tem investimento federal e realização por meio do Consórcio Conpasul, Iccila, Cotrel e Momento. Trabalhadores terceirizados atuam na obra. Entre eles, Gerônimo da Silva, 38 anos, funcionário da empresa Engecam. Ele é morador de Canabarro, em Teutônia.
“Comecei a trabalhar há dois meses. Antes era outra equipe. Essa equipe foi para outro lugar e colocaram nós. Tava andando devagar e agora eles (chefes) estão gostando, porque o serviço está indo para a frente”, fala o operário. Silva trabalhava como construtor de prédios. O som dos veículos que passam pela rodovia não o incomoda. Já as condições climáticas, sim. “Quanto ao barulho, eu já sou do trampo, então estou acostumado. O maior problema é o sol. Ele que castiga a gente.”
Silva trabalha junto de colegas da empresa e de pelo menos mais três construtoras, responsáveis por diversos detalhes da duplicação. Ele faz a suplementação do asfalto. Segundo o operário, há muito a ser feito. O que mais o preocupa é a construção dos túneis, que seriam muitos. Conforme o Dnit, mesmo com a entrega da duplicação, prevista para abril de 2018, melhorias paralelas continuarão sendo feitas na via.
As construtoras que atuam na obra teriam R$ 7,74 milhões a receber da União. O encarregado da Engecam, Eder Martins de Almeida, fala sobre os valores. “Tá sendo bom trabalhar com eles. Temos umas coisas pendentes, mas está tudo certo.”
O prazo anunciado nesta quarta-feira, de 40 dias, implica na liberação dos 2,6 quilômetros restantes. Entre fevereiro e março de 2014, foram liberados os primeiros 23,4 quilômetros da duplicação. No dia 20 de dezembro do ano passado, o Dnit liberou outros sete quilômetros de pista nova aos veículos, em Estrela. NR