Homem é morto por usar suspensório com bandeira da Espanha na Catalunha

Víctor Laínez, de 55 anos, discutiu com grupo e foi atingido com barra de ferro na cabeça por um de seus integrantes, o chileno Rodrigo Lanza. Defesa diz que vítima foi atacada porque ameaçou agressor e não por causa do acessório.


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Vizinhos exibem em suas sacadas bandeiras da Catalunha (à esquerda) e da Espanha em prédio em Barcelona, em foto de 30 de setembro (Foto: Bob Edme/AP)

A campanha eleitoral na Catalunha foi agitada pelo homicídio de um homem que usava suspensórios com a bandeira da Espanha, em um crime cometido por um jovem de origem chilena que já havia sido condenado por agredir um policial em Barcelona.

O crime aconteceu em Zaragoza, na madrugada de 8 de dezembro.

De acordo com uma fonte policial, Víctor Laínez, um homem de 55 anos que usava suspensórios com a bandeira nacional, discutiu com quatro pessoas, grupo no qual estava o homem acusado pelo crime, Rodrigo Lanza, de 33 anos.

Testemunhas afirmaram que os jovens chamaram Laínez de “facha” (fascista).

Rodrigo Lanza teria se aproximado da vítima e o agredido com uma barra de metal na cabeça, pelas costas, segundo a imprensa local.

Laínez, natural da Catalunha, sofreu graves lesões cerebrais e faleceu na terça-feira.

A família do rapaz divulgou no Twitter um comunicado no qual asseguram que Rodrigo Lanza na verdade se defendeu de uma agressão de Victor Laínez, que tentou esfaqueá-lo após fazer insultos xenofóbicos.

“Rodrigo afirma que Víctor Laínez usava um paletó preto fechado, por isso ninguém conseguiu ver se estava ou não com suspensórios com a bandeira da Espanha”, assegurou o comunicado.

O acusado está à disposição da justiça e, segundo uma fonte policial, parece ser “o único autor material” do crime.

Desde a divulgação do crime, o caso ganhou contornos políticos em plena campanha para as eleições regionais catalãs de 21 de dezembro, na qual os separatistas esperam manter a maioria.

O suposto homicida tem antecedentes. Rodrigo Lanza, nascido em Viña del Mar (Chile) e neto do almirante pinochetista Sergio Huidobro, cumpriu uma pena de cinco anos de prisão por jogar uma pedra em um policial de Barcelona em 2006. O agente ficou tetraplégico.

 Fonte: G1

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