Homens são mais atingidos pela hanseníase no Brasil


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Foto: Divulgação

Na maior parte do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se preocupa mais com as mulheres quando o assunto é a hanseníase, pois elas são mais afetadas pela doença. No Brasil, no entanto, atrás apenas da Índia no número de casos, são os homens os mais afetados. Isso se deve a uma série de fatores, como a classe social e a menor frequência com que eles vão a consultas médicas.

Segundo dados analisados nos últimos nove anos, tiveram uma queda de 37,1% em uma década – passaram de 40,1 mil registros de hanseníase em 2007 para 25,2 mil em 2016. A incidência, no entanto, se comparada com o resto do mundo é alta: a média internacional é de 2,9 mil casos por 100 mil habitantes; no Brasil, 12,2 casos por 100 mil.

Ao todo, de 2012 até 2016, foram diagnosticados 151.764 novos casos da doença. Destes, 84.447 eram homens (55,6%). No entanto, quando considerado apenas o grau 2 de incapacidade física, mais grave, com deformidade visível nas mãos, pés e/ou olhos, a diferença se acentua: a incidência é de 15,17 casos para cada 1 milhão de homens, enquanto no caso das mulheres o número baixa para 6,07.

A doença é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Estima-se que 95% das pessoas que são expostas sejam resistentes.

De acordo com a coordenação geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde,  os dados sobre hanseníase mostram que o homem é mais acometido pela doença.

Antigamente, a doença era conhecida como “lepra”. O nome foi substituído no Brasil em 1995 por criar um estigma sobre os pacientes. O Ministério da Saúde lembra que o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os estados. O paciente deverá ser acompanhado durante cerca de um ano, dependendo da gravidade da doença. A hanseníase tem cura.

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