Foto: Divulgação

Da mesma forma que muitas comunidades dos Alpes, Corippo experimentou décadas de perda de moradores à medida que gerações mais jovens se mudaram para cidades maiores e capitais para estudar, trabalhar e – o que é compreensível – ter uma vida social.

A comunidade de Corippo existe há mais de 600 anos. No século 19, a vila tinha 300 habitantes – outras pequenas localidades semelhantes também existiam na parte sul dos Alpes suíços.

Os hoje populares resorts à beira de lagos em Locarno e Lucano, conhecidos como a “Riviera suíça”, antigamente eram evitados por causa do alto risco de malária.

Mas, com a doença erradicada, chegaram os turistas. Ao mesmo tempo, o tradicional cultivo agrícola nas montanhas se tornou cada vez menos viável economicamente. Assim, o estilo de vida da vila começou a morrer.

Corippo não tem mercado, escola ou crianças. Fica a apenas 30 minutos de carro da movimentada Locarno, mas a estrada estreita e cheia de curvas não é um caminho escolhido por muita gente.

O que Corippo tem, por outro lado, são mais de 60 casas de pedra tradicionais, com telhados de pedra seca, muitas com lareiras e piso de madeira originais. E a maioria delas está vazia.

Uma espiada dentro de algumas casas revela que muitas delas estão intocadas desde a década de 1950 – alguns moradores emigraram para os Estados Unidos e outros simplesmente morreram, não restando ninguém para limpar a propriedade.

Roupas velhas, cartões postais e garrafas de vinho se espalham pelo chão. As paredes estão úmidas e empoeiradas. Não há sinal de água corrente nem de vaso sanitário.

Mesmo assim, os 16 habitantes de Corippo, entre eles o prefeito Scettrini. Mas eles estão determinados que sua vila não se transforme em um parque temático – os hóspedes vão conviver lado a lado com os moradores, o bar local será transformado em uma recepção de hotel informal, com a praça funcionando como um saguão ao ar livre.

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