Munição usada para matar Marielle é de lotes vendidos para a Polícia Federal

Polícias Federal e Civil vão iniciar trabalho conjunto de rastreamento.


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Foto: Facebook/Reprodução

A munição utilizada pelos criminosos que mataram a vereadora Marielle Franco(PSOL) com tiros de uma pistola calibre 9mm na quarta-feira (14) é de lotes vendidos para a Polícia Federal de Brasília em 2006. A Polícia Civil já descobriu que a munição é original — quer dizer, não foi recarregada. Isso porque a espoleta, que provoca o disparo da bala, é original. As informações foram obtidas com exclusividade pelo RJTV 1ª edição nesta sexta-feira (16).

Os agentes chegaram a essas conclusões após a conclusão da perícia. Agora, as polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento. O carro modelo Cobalt, com placa de Nova Iguaçu, que foi usado pelos assassinos para matar a vereadora Marielle, era clonado, e ainda não foi encontrado.

Pouco antes de morrer, a vereadora mediou o debate “Jovens Negras Movendo Estruturas”, organizado pelo partido dela na Casa das Pretas, no Centro do Rio, que durou cerca de 2h. Segundo os investigadores, um carro com placa de Nova Iguaçu já estava parado na porta da Casa das Pretas, na Lapa, quando a vereadora chegou e estacionou. Neste momento, um homem saiu do carro e falou ao celular.

Cerca de duas horas depois, Marielle foi embora no carro com uma assessora e o motorista. O veículo que estava estacionado no local também saiu, piscou o farol e seguiu o carro de Marielle. As imagens não foram divulgadas pela polícia.

Em uma nova perícia feita no fim da tarde desta quinta (15), ficou constatado que 13 disparos atingiram o veículo em que Marielle estava: nove na lataria e quatro no vidro.
Durante toda a quinta-feira, a polícia coletou informações no local do crime e com testemunhas, como uma assessora que também estava no carro e não foi atingida pelos tiros.

Segundo a investigação, Marielle não tinha o hábito de andar no banco de trás do veículo, que tem filme escuro nos vidros. Na noite de quarta, no entanto, ela estava no banco traseiro quando o crime ocorreu, o que seria mais um indício de que os assassinos estavam observando a vítima há algum tempo. De acordo com a Divisão de Homicídios, o atirador seria experiente e sabia o que estava fazendo.

Fonte: G1

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