No último meio ano, tivemos mais situações de insegurança do que em toda a história da Delfina, afirma vereador

Segundo Márcio Mallmann, no último ano foram registrados 15 casos de abigeato na comunidade.


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Foto: Tiago Silva

O vereador Márcio Mallmann (PP) expõe a preocupação do Distrito de Delfina, comunidade no interior do município de Estrela com cerca de dois mil habitantes, com a segurança. Na primeira seção da Câmara de Vereadores, no último dia 5, o parlamentar afirmou na tribuna que “passamos, neste último meio ano, mais situações de insegurança do que toda a história da Delfina”.


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Em entrevista à Rádio Independente, Mallmann explicou que, somente nos últimos doze meses, foram 15 registros de abigeato na localidade. Os casos ocorrem em propriedades ao lado da estrada principal de Delfina. Os criminosos cortam a certa, abatem o animal e deixam só as vísceras. “Depende do especialista, se é alguém bem treinado, ele leva um meia hora” para abater o animal, diz Mallmann.

Para ele, há uma estrutura criminosa agindo no distrito. “Não é chegar ali e abater. Isso é serviço de profissional, deve ter algum açougue envolvido nisso”, afirma ele, que mostra apreensão com quem pode estar consumindo a carne: “Não é só o prejuízo financeiro, mas também à saúde de quem vai comer essa carne”, relata.

Além do abate clandestino de gado, assaltos à mão armada e assassinatos deixam os moradores aflitos. Foram duas mortes no Distrito de Delfina nos últimos três anos. “Isso vem nos assustando. Eu sempre tinha orgulho de dizer que apenas uma pessoa tinha sido assassinada em toda a história [de Delfina]; agora, tivemos mais duas nesse período [de três anos]”, lamenta o vereador de Estrela.

Mallmann reclama da falta de assistência do Poder Público. “O interior é o último em tudo”, afirma. Para ele, o trabalho de patrulha policial tem sido ineficaz no distrito, o que tem levado os moradores a criarem grupos em redes sociais para ajuda mútua em segurança. O vereador teme que a criminalidade afaste os moradores da localidade. “As pessoas sempre buscavam o interior porque era um lugar calmo, e nós não queremos perder isso.” TS

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