Pentágono diz que militares da China ‘provavelmente treinam para atacar’ alvos dos EUA

Áreas de operações do Exército chinês se expandiram nos últimos três anos, segundo relatório.


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Bandeiras da China e dos Estados Unidos em imagem de arquivo de encontro diplomático de representantes dos países em abril (Foto: Jason Lee/Reuters)

Os militares da China ampliaram suas operações de bombardeiros nos últimos anos porque “provavelmente estão treinando para atacar” os Estados Unidos e seus aliados, disse um relatório do Pentágono divulgado nesta quinta-feira (16).

A avaliação, que coincide com um aumento nas tensões entre EUA e China na arena comercial, consta de um relatório anual que ressaltou os esforços chineses para aumentar sua influência global, entre eles gastos com defesa que o Pentágono estima terem superado US$ 190 bilhões em 2017.

“Ao longo dos últimos três anos o EPL expandiu rapidamente suas áreas de operações de bombardeiros sobre as águas, ganhando experiência em regiões marítimas críticas e provavelmente treinando para ataques contra alvos dos EUA e aliados”, disse o documento, usando uma sigla para o Exército Popular de Libertação da China.

O documento surge no momento em que China e EUA planejam reuniões comerciais, criando a esperança de que consigam resolver um conflito de tarifas crescente que ameaça degenerar em uma guerra comercial propriamente dita.

Segundo o relatório, embora o EPL tenha continuado a expandir suas operações, não ficou claro que mensagem Pequim está tentando enviar realizando os voos “além de uma demonstração de habilidades aperfeiçoadas”.

Não foi possível contactar a embaixada chinesa em Washington de imediato.

Relacionamento posto à prova

Neste ano a Força Aérea chinesa pousou bombardeiros em ilhas e recifes do Mar do Sul da China, parte de um exercício de treinamento na região disputada.

Em janeiro o Pentágono fez da contraposição a Pequim, além da Rússia, um dos pilares de sua estratégia de defesa.

Embora Washington e Pequim mantenham um relacionamento entre seus militares para conter as tensões, isso foi posto à prova nos últimos meses, especialmente em maio, quando o Pentágono cancelou um convite para a China participar de um exercício naval multinacional.

Em junho, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, se tornou o primeiro chefe do Pentágono a visitar a China desde 2014.

O relatório do Pentágono afirma que, apesar da projeção de retração no crescimento econômico, o orçamento de defesa oficial da China será de mais de US$ 240 bilhões em 2018.

Fonte: G1

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