Polícia prende suspeita de realizar abortos no Rio Janeiro

Os investigadores encontraram conversas no celular da vítima com a mulher que fez o aborto marcando encontro na casa dela, em Campo Grande.


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Mensagens trocadas com suspeitas no celular da vítima ajudaram a polícia (Foto: Reprodução / TV Globo)

Policiais da delegacia de Campo Grande prenderam, nesta sexta-feira (13), uma mulher suspeita de praticar aborto clandestino. As investigações começaram quando Glaycy Kelly Sobral do Nascimento, de 20 anos, morreu no dia 28 de julho, depois de, segundo as investigações, ter feito um aborto com Lucilene Nascimento Lourenço.

Os investigadores encontraram conversas no celular da vítima com a mulher que fez o aborto marcando encontro na casa dela, em Campo Grande. Pelas conversas, a mulher cobrava R$ 1.200.

Imagens feitas pela polícia mostram o momento em que a mulher foi presa em casa. Segundo o delegado William Pena Júnior, em depoimento, Lucilene negou a pratica de aborto clandestino e disse que o número do celular que aparece nas conversas não é dela. A polícia também prendeu a mulher que indicou Lucilene para a vítima, mas ela ainda não prestou depoimento.

A Pesquisa Nacional do Aborto apresentou números alarmantes sobre a magnitude do aborto no Brasil: uma em cada cinco mulheres aos 40 anos já fez, pelo menos, um aborto – isso significa que 4,7 milhões de mulheres já abortaram. Em 2015, foi mais de meio milhão. Uma mulher por minuto faz aborto no Brasil.

*A Pesquisa Nacional do Aborto 2016 foi coordenada por Debora Diniz, Marcelo Medeiros e Alberto Madeiro; realizada pela Anis – Instituto de Bioética e Universidade de Brasília; financiado pelo Ministério da Saúde. Os dados foram coletados pelo IBOPE-Inteligência. O estudo foi aprovado para publicação pela revista Ciência & Saúde Coletiva.

Fonte: G1/Carta Capital

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