Psiquiatra destaca necessidade de se identificar métodos adotados para o suicídio para contê-los

Segundo Rafael Moreno, homens com idade entre 40 e 49 anos atentam mais contra a própria vida do que mulheres.


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Foto: Tiago Silva

O Brasil é um dos poucos países no mundo que têm uma política nacional de prevenção ao suicídio, mas a sua implementação é um desafio, aponta o médico psiquiatra Rafael Moreno. No Vale do Taquari, ele destaca que a região tem uma rede de saúde mental privilegiada comparada ao restante do Estado, inclusive Porto Alegre, e do Brasil.


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Para o profissional, o desafio para os gestores é conferir o mínimo de 75% de cobertura de tratamento pelo SUS para ter um bom índice de prevenção. Moreno coloca ainda que é importante prevenir quanto ao acesso ao método letal. “O principal é que a pessoa não tenha acesso ao método”, diz ele, ao falar da necessidade de estudos para identificar qual o método mais adotado para o suicídio conforme a região, pois há variações, para contê-lo.

Moreno conta que homens com idade entre 40 e 49 anos atentam mais contra a própria vida do que mulheres. Em pesquisa realizada pelo profissional, com cerca de 50 mil pessoas pela internet em todo o país, 60% das pessoas já teve pelo menos um pensamento suicida passageiro.

Para o médico, é preciso desestigmatizar o assunto e educar a população para que não tenha medo de abordar o assunto como forma de prevenção. “A gente tem que desestigmatizar o assunto também. Principalmente aqui na região, onde o acesso ao tratamento é bom, as pessoas resistem a procurar atendimento. Procuram atendimento de forma muito tardia, e não dão valor quando alguém está falando que quer se matar. Acham que é brincadeira, que vai se resolver com uma conversinha”, lamenta.

“Ideação suicida, quando a pessoa está com ideia de morte, ela tem que ter uma avaliação com algum especialista da saúde mental”, orienta. TS

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