A pesca predatória, a poluição e perda da mata ciliar se reflete na falta de peixe, ou peixes cada vez menores

Esta quarta-feira marca o “Dia do Pescador”, comemorado em referência a São Pedro, apóstolo e padroeiro desta classe


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Foto: Divulgação

Esta quarta-feira (29) marca o “Dia do Pescador” comemorado pelo Dia do São Pedro, apóstolo pescador, padroeiro desta classe desde há muito tempo. A bíblia conta várias passagens sobre pescadores.

A Emater/Ascar teve sua primeira atividade nesta área em 1959, nos projetos de recursos naturais renováveis. Foram levados 2.800 alevinos de peixe-rei da Lagoa dos Quadros, em Osório, para o produtor de Ijuí Ângelo Lorenzoni.

Em 1978 incorporou a Associação e Crédito e Assistência Pesqueira do RS (Acapergs), dando continuidade ao trabalho com o terminal pesqueiro de Torres, Pelotas e São José do Norte.

O projeto com o nome “Piscicultura” iniciou em 1979 com criação experimental de peixes em açude de Uruguaiana com o Departamento de Pesca da Secretaria da Agricultura. A partir de 1980 foram assistindo e 1983 já tinham 43 produtores de alevinos (dados históricos da página da Emater que tem vários temas relacionados ao setor).

Atualmente, cerca de 50 profissionais (técnicos agrícolas, agrônomos, veterinários, zootecnista e da área social) se dedicam ao projeto em cerca de 340 municípios. Atuam em comercialização com feiras de peixe vivo, feira em açudes, despesca, e diversos eventos Expoagro, Expointer etc. Fazem treinamentos a produtores e técnicos, licenciamento ambiental, alimentação, qualidade da água, construção de açudes, projetos de crédito, viveiros etc. Outro trabalho importante é o aproveitamento e preparo do peixe para consumo e as diversas alternativas. Projetos de agroindústria com finalidade de abate, cortes, licenciamento sanitário e sua implantação.

No Vale do Taquari se destaca o município de Roca Sales que tem ao redor de 350 produtores, mais de 120 hectares de espelho de água e a Associação Roca-salense de Piscicultores desde 1992. Seus famosos jantares a base de peixe e a Fecarpa, que os coloca como 14° de produtores de carpa no país.

O Programa de Pesca passa atualmente por uma revisão em todo o país. Havia muitos cadastrados como pescadores que não se enquadravam. Em 2019 foram cancelados mais de 67 mil e, em 2022, outras 12.763 licenças suspensas e o trabalho de revisão contínua. Muitos se fizeram passar por pescadores profissionais e não eram. Outros se cadastraram para receber a ajuda de “Defeso” de um salário-mínimo por mês no período da piracema (1 de novembro/21 a 28 fevereiro/22). Dinheiro público que era mal aplicado. Para receber deve estar com seu cadastro atualizado e no Registro Geral de Atividades Pesqueira (Mapa).

Informações na internet na Divisão de Aquicultura e Pesca- RS, que fica em Porto Alegre.
A pesca predatória, poluição, perda da mata ciliar, que não é de agora, se reflete na falta de peixe, ou peixes cada vez menores. E inclusive a entrada da palometa, parente das piranhas, pelo desaparecimento dos dourados, um de seus inimigos naturais, é um dos exemplos. Armadilhas e redes inadequadas são fiscalizadas pela Patram e são crimes ambientais. Só para lembrarem os que “não sabiam”.

Texto por Nilo Cortez, engenheiro agrônomo

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