A possibilidade reinfecção é maior com as novas variantes da Covid-19, afirma médica infectologista

A reinfecção provavelmente será mais branda, mas ainda faltam dados para comprovar, diz Manoela Vaucher


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Foto: Arquivo pessoal / Divulgação

A médica infectologista Manoela Badinelli Vaucher comentou sobre a possibilidade de reinfecção por coronavírus. Em entrevista ao programa Redação no Ar desta segunda-feira (8), ela destacou que não há comprovação de que o aumento dos casos no Rio Grande do Sul se deva à variante de Manaus (P1). Porém, a médica acredita que é uma ligação provável.


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“Com essas variantes, a gente tem visto que a reinfecção é muito comum, porque o vírus criou essa capacidade de não reconhecer mais os anticorpos que a gente já tem no nosso corpo. Ele consegue escapar e causa novamente a reinfecção nas pessoas. Então, a gente deve se preocupar, continuar se cuidado. Não quer dizer que seu eu me infectei, não vou pegar de novo”, destaca.

Manoela avalia que, com algum anticorpo para a Covid-19, a tendência é que a reinfecção seja mais branda, sem necessidade de internação. Mas a infectologista pondera que ainda não há dados suficientes para comprovar a tese.

A médica diz que há quatro novas cepas que se falam mais ao redor do mundo. No Brasil, a chamada variante de Manaus (P1), e uma variante inicialmente percebida no Rio de Janeiro (P2), são as que causam mais preocupações. Especialmente a de Manaus seria de maior risco para a saúde, com maior probabilidade de propagação. Ainda será preciso avaliar a eficácia das vacinas para essas novas variantes, observa Manoela.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

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