A vida não é um jogo de cartas: ter “visão de árvore, de mata e de selva” é a grande chave

Quem estiver desatento pode pensar que os movimentos são casualidades, enquanto outros, menos ingênuos, se movimentam de forma pensada


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Foto: Ilustrativa / Pixabay

Em 2019 fiz uma especialização em Liderança Global pela Universidade da Califórnia de San Diego (UCSD). Lá, compreendemos a importância dos movimentos de poder amplo e os impactos deles em nossas vidas. Os grandes influenciadores mundiais não jogam cartas ao acaso. Todos os movimentos são muito bem pensados e seus impactos ecoam, seja em um curto espaço de tempo ou no longo prazo. Há movimentos feitos hoje que buscam atingir alvos lá na frente.


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Quem estiver desatento pode pensar que os movimentos são casualidades, enquanto outros, menos ingênuos, se movimentam de forma pensada. Isso ocorre globalmente, mas também regionalmente. Ocorre no poder público, mas também na iniciativa privada. Ocorre em grandes esferas, mas pode ocorrer bem perto de você. Compreender os movimentos estratégicos e saber jogar esse jogo, que não é para amadores, pode ser o grande diferencial.

Gustavo Bozetti, diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind (Foto: Tiago Silva)

Há 199 anos tivemos um exemplo claro disso. Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822, fez o gesto que já vinha sendo construído há tempos. Há registros de que a independência do Brasil já estava madura havia mais tempo, uma vez que vinha sendo construída com movimentos pensados junto a organizações civis e religiosas, além de diversas outras representações. Em 2 de setembro do mesmo ano, a Dona Maria Leopoldina enviou recado a Dom Pedro I afirmando que “o fruto estava maduro” e era hora de colhê-lo. Dias antes, em 20 de agosto, em uma dessas reuniões de livres pensadores, há registros de que Gonçalves Ledo determinou, com aval de José Bonifácio de Andrada e Silva, a independência do Brasil.

José Bonifácio foi um dos responsáveis por manter a independência em função de sua visão de futuro e da capacidade de pensar na nação, e não no poder. Hoje, infelizmente percebemos que alguns possuem projetos de perpetuação de poder, deixando de lado projetos de nação. Hoje é dia de celebrar quem conquistou a independência e de demonstrarmos que estamos dispostos a mantê-la. Afinal, o poder amplo está aí, sempre testando as autoridades e seus povos.

Espero que esse texto sirva como reflexão para que tenhamos “visão de árvore, mas também de mata e de selva”. Forte abraço e até a vitória, sempre.

Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS

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