Na sessão da Câmara de Vereadores de Lajeado desta terça-feira (15) os vereadores aprovaram a doação de uma área de terras do município para a criação de uma nova central de polícia no Bairro São Cristóvão, na esquina das ruas Coelho Neto e Fábio Brito de Azambuja. No texto de justificativa do projeto, o Executivo diz que o prédio de quatro das cinco Delegacias de Polícia localizadas em Lajeado, na Rua João Batista de Mello, no centro da cidade, está em situação precária há anos e que situa-se em uma área inundável, o que além de dificultar ou impedir o acesso nos dias de cheia, também contribui para seu péssimo
estado de conservação.
Carlos Eduardo Ranzi (MDB) foi a favor da proposta, mas disse que é preciso haver cuidado para que o atual prédio não seja abandonado pelo Estado. “Temos que ter cuidado para que esse prédio não seja como o dos Correios, porque se for abandonado pelo Estado teremos problemas”, observa.
Cartório Eleitoral
Outro projeto aprovado foi o que autoriza o Poder Executivo a firmar convênio para prestação de mútua colaboração entre o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio Grande do Sul e Lajeado, visando possibilitar o funcionamento do Cartório Eleitoral e a realização das próximas eleições. A proposta prevê a disponibilização de servidores do município ao Cartório Eleitoral, serviços de limpeza, disponibilização de viaturas e combustível em anos de eleição, além de fornecimento de alimentação às pessoas requisitadas e designadas pelo Juiz Eleitoral para prestar serviços à Zona Eleitoral durante a eleição e apuração de votos.
O projeto recebeu duas emendas, uma delas de Márcio Dal Cin (PSDB), que foi rejeitada pela maioria dos vereadores. A modificação do tucano solicitava o ressarcimento das despesas por parte do Estado ao final de cada ano. Dal Cin disse que não era contra a cedência dos servidores, mas que o município sairá perdendo. “Não sou contra a cedência dos servidores, desde que ninguém saia perdendo. Da forma como está o projeto, o município saí perdendo em quase R$ 500 mil”, esclarece.
Contudo, Heitor Hoppe (PP) foi contrário a emenda e disse que não há como interferir no orçamento do Estado. “Entendo a emenda do Márcio, mas não temos como interferir no orçamento do Estado. Pode ser que depois o município terá de pagar a conta”, avalia.
Enquanto isso, Mozart Lopes (PP) pediu para que os vereadores derrubassem a emenda, visto que é um ano eleitoral. “Há poucos dias votamos o convênio com o Daer, que foi bom para o município, eu pediria a derrubada da emenda”, disse.
Texto: Caroline Silva
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