Conheça a chinesa albina abandonada bebê que se tornou modelo da Vogue

O albinismo de Xueli Abbing, hoje com 16 anos, a levou ao abandono quando era um bebê, mas ela agora é uma modelo de sucesso


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O albinismo de Xueli Abbing, hoje com 16 anos, a levou ao abandono quando era um bebê (Foto: LUXVISUALSTORYTELLERS/BBC)

Quando Xueli Abbing era bebê, seus pais a deixaram no chão, na porta de um orfanato. Isso aconteceu na China, onde o albinismo é visto por algumas pessoas como uma maldição.

A rara condição genética é caracterizada pela ausência completa ou parcial de uma enzima (tirosinase) envolvida na síntese da melanina, o que torna a pele e o cabelo de Xueli muito claros. Ela também é extremamente sensível à luz solar.

E foi a aparência incomum que levou Xueli à carreira de modelo. Agora com 16 anos, ela apareceu nas páginas da “Vogue” e liderou campanhas para designers famosos.

Conheça a história de Xueli, que ela contou à jornalista da BBC Jennifer Meierhans:

A equipe do orfanato me chamou de Xue Li. Xue significa neve e Li significa bela. Fui adotada quando tinha três anos e fui morar com minha mãe e minha irmã na Holanda. Minha mãe disse que não conseguia pensar em um nome mais perfeito e achou importante manter uma referência às minhas raízes chinesas.

Na época em que nasci na China, o governo impôs a política de filho único para as famílias. Era muito azar se você tivesse um filho com albinismo. Algumas crianças, como eu, foram abandonadas, outras ficavam trancadas ou, se iam à escola, seus cabelos eram pintados de preto.

Em alguns países da África, no entanto, eles são caçados, seus membros são cortados ou até podem ser mortos. Os curandeiros usam seus ossos para fazer remédios, pois as pessoas acreditam que eles podem curar doenças, mas é claro que isso não é verdade, essas crenças são mitos. Tenho sorte de ter sido apenas abandonada.

Meus pais biológicos não deixaram nenhuma informação sobre mim, então não sei quando é meu aniversário. Mas cerca de um ano atrás, eu fiz um raio-X da minha mão para ter uma ideia mais precisa da idade e os médicos avaliaram que eu tinha em torno de 15 anos.

Comecei a trabalhar como modelo por acaso, quando tinha 11 anos. Minha mãe estava em contato com uma designer que era de Hong Kong. Ela tem um filho com lábio leporino e decidiu que queria desenhar roupas bem estilosas para ele, para que as pessoas nem sempre fiquem olhando para sua boca. Ela chamou a campanha de “imperfeições perfeitas” e perguntou se eu queria participar de seu desfile de moda em Hong Kong. Foi uma experiência incrível.

Depois disso, fui convidada para algumas sessões de fotos e uma delas foi com o fotógrafo Brock Elbank, em seu estúdio em Londres. Ele publicou meu retrato no Instagram. A agência de modelos Zebedee Talent entrou em contato e perguntou se eu gostaria de me juntar a eles na missão de fazer com que pessoas com deficiências ou com diferenças sejam representadas na indústria da moda.

Fonte: G1

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