O jogador William Ribeiro, de 30 anos, ex-atleta do São Paulo de Rio Grande, recebeu liberdade provisória após audiência de custódia na tarde desta terça-feira (5). Ele estava detido no presídio de Venâncio Aires após agredir o árbitro Rodrigo Crivellaro com um soco e um chute na nuca. A partida contra o Guarani de Venâncio Aires era válida pela série A2 do Campeonato Gaúcho, na noite desta segunda-feira (4), no Estádio Edmundo Feix.
Com a decisão da Justiça, Ribeiro deverá responder em liberdade. Em entrevista ao programa Redação no Ar, na tarde desta quarta-feira (6), o seu defensor, José Felipe Lucca, detalhou que em conversa com o cliente não entrou no mérito da agressão em si. “É muito cedo”, diz. Por isso, o advogado focou, primeiro, no pedido de liberdade, pois, segundo ele, a regra é que se responda o processo em liberdade.
Lucca afirma que não havia fundamento para manter a prisão preventiva. “A comoção social e repercussão de fatos não podem ser fundamentos idôneos para manter alguém segregado. A Justiça tem que ser restrita aos ditames legais, no que determina a regra.”
VÍDEO: Árbitro agredido em Venâncio Aires recebe alta hospitalar
Para o advogado, a prisão neste estágio do processo só se justificaria se houvessem indícios de que o atleta fosse causar mal-estar à ordem pública, reiterar o delito, se tivesse ameaças a testemunhas ou ao próprio árbitro, vítima da agressão. “O que não existe”, assegura o defensor. De acordo com ele, a Justiça concordou com a sua leitura ao ordenar a soltura.
“Repercussão do caso jamais será fundamento para tirar de um cidadão o seu direito de liberdade”, reforça. Lucca destaca que lesão corporal é bem diferente de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, tese pela qual se orientam a Polícia Civil e o Ministério Público. “É um absurdo um argumento dessa estirpe”, sustenta. O advogado afirma que o delegado e a promotoria estão equivocados quanto aos fatos e a pretensão do cliente.
Leia também:
William Ribeiro estaria muito abalado, diz o advogado. O atleta tem histórico envolvendo episódios de agressão e violência em campo. Porém, segundo seu defensor, tecnicamente ele é réu primário, pois não há condenação transitada em julgado. Além disso, Lucca pontua que a análise da Justiça tem que ser caso a caso, com base nos fatos de cada um.
Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br
Muito bom Dr. Por essas e outras, que a sociedade não acredita na justiça, o promotor e o delegado, a vítima estão todos equivocados, certo está vc, e seu “cliente”, que possui com várias anotações, por váriados crimes.
Esses “adevogados” tentam defender o indefensável… queria ver se fosse o pai dele que tinha sido agredido….