Alemanha quer profissionais estrangeiros qualificados para trabalharem no país

Entre as áreas mais procuradas estão TI, engenharia, medicina e enfermagem.


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Portão de Brandemburgo, cartão-postal de Berlim (Foto: O Globo)

A Alemanha se prepara para dar um salto no recrutamento de profissionais estrangeiros qualificados para trabalharem no país. Entra em vigor em março de 2020 a nova Lei da Imigração Qualificada, que vai facilitar a entrada de trabalhadores graduados de fora da União Europeia e também com formação de nível técnico. Com o envelhecimento da população, o país já recruta profissionais no exterior nas áreas de engenharia, TI, medicina e, principalmente, enfermagem que é a maior demanda.

De cada cem vagas para enfermeiros geriátricos, há apenas 29 candidatos, segundo a Agência Federal do Emprego do país. E o Brasil está na mira da Alemanha para suprir essa demanda.

Relatório publicado em julho mostra que há 50 profissões cujas vagas a Alemanha precisa suprir com estrangeiros. Além das três áreas já citadas, Medicina é outra frente de captação. Em 2016, 17,5% dos 82 milhões de alemães tinham mais de 65 anos. O governo estima que, até 2050, o número de idosos precisando de cuidados vai dobrar.

Uma parceria entre a Agência Federal do Emprego, o Instituto Goethe e a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha busca profissionais formados em enfermagem desde 2018. Dois processos seletivos já foram realizados no Rio e um em São Paulo.

Os candidatos participam de uma palestra sobre o programa e passam por processo seletivo. Os escolhidos precisam mergulhar em um curso intensivo de alemão para, no fim, fazerem uma prova de certificação. No Rio, esse curso dura seis meses, exigindo dedicação exclusiva.

As despesas ficam por conta da empresa alemã contratante dos enfermeiros, que pode conceder uma bolsa de ajuda de custo aos selecionados.

Entre 2017 e 2018, o número de vistos concedidos para brasileiros exercerem atividades remuneradas na Alemanha subiu 16%, para 2.207, diz o Consulado no Rio. A população alemã cresce a reboque da imigração. Perto de 25% são de imigrantes ou descendentes de estrangeiros.

Desde 2012, os imigrantes passaram a poder ter qualificação reconhecida na Alemanha. Foram criadas plataformas para orientar estrangeiros que queiram trabalhar ou estudar no destino.

Fonte: O Sul

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