Após morte por eletrocussão, Bombeiros de Lajeado recomendam cautela em situações de temporal

Comandante Fausto Althaus alerta para os riscos de contato com objetos energizados pela queda de árvores e postes


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Foto: Bombeiros / Divulgação

O Corpo de Bombeiros de Lajeado precisou reforçar seu efetivo para conseguir atender a demanda de chamados em função do temporal que atingiu o município e região na noite sábado (5). As ações para remoção de árvores e postes caídos em virtude dos fortes ventos, se estenderam da noite do sábado (5) a manhã do domingo (6).


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Foram feitos 11 cortes de árvores, seis colocações de lonas sobre casas destelhadas e seis isolamentos de pontos onde houve rompimento e queda de fiação elétrica.

Porém, no desdobramento mais grave da tormenta, um homem morreu eletrocutado, em Cruzeiro do Sul. Sandro Higino da Silva (44), foi encontrado às 22h30, caído na frente de seu carro, que estava parado na Rua Albino Fleck, no Bairro Vila Italiana. Nas proximidades do corpo, havia fiação elétrica energizada, derrubada pela queda de uma árvore. A suspeita é de que o morador de Cruzeiro do Sul saiu do veículo ao perceber que a rua estava bloqueada pela vegetação e acabou entrando em contato com a fiação e sofreu uma descarga elétrica.

Oficial de serviço na noite do sábado (5), o comandante do Corpo de Bombeiros de Lajeado, tenente Fausto Althaus, que atendeu a ocorrência, alerta para os cuidados que são necessários, em situações de temporal com queda de fiação elétrica. “Possivelmente ele saiu do carro para remover os galhos para liberar a passagem, não percebeu que havia um cabo energizado em meio a vegetação e acabou eletrocutado no local. Efetuamos o isolamento da área junto com a RGE e passamos o caso para a Brigada Militar. Cabe agora à Polícia Civil que abrirá investigação. Aproveito para orientar as pessoas que tomem muito cuidado. Todos nossas vias públicas são energizadas por fiação elétrica. Nunca entrem em contato com a fiação elétrica, nem com luvas. Não mexam em galhos em via pública. São fortes as chances de estarem energizados. Caso o motorista colidiu o carro contra um poste e houve queda da fiação, deve permanecer no carro e nos acionar pelo 193. Nós iremos ao local. Mesmo que não haja risco algum, preferimos ir ao local e atender, para que não exista o menor risco. Se o acidente provocar chamas e a possibilidade de incêndio, o condutor terá que sair do carro. Neste caso, o procedimento é saltar o mais distante possível, com as pernas unidas e dentro do carro. Se a pessoa estiver com um pé dentro do veículo e pisar com o outro no lado de fora, criará um aterramento e sofrer uma descarga elétrica” , recomenda o comandante.

Althaus ressalta que o período em que atuou em Porto Alegre, lhe garante experiência em situações de temporal. “Antes de Lajeado, eu trabalhava no Corpo de Bombeiros de Porto Alegre. A Capital, que se não me engano, é a segunda mais arborizada do Brasil. Quanto ocorrem temporais lá, é impressionante a quantidade de trabalho que gera para o Corpo de Bombeiros (em função da queda de árvores). Eu comandava o pelotão de Teresópolis que atende a Zona Sul, que é a mais arborizada da cidade. Com a região fica numa planície a beira do rio, o vento é mais forte lá. Situação de temporais nos gerava uma semana de serviço”, lembra o oficial.

Texto: Luís Fernando Wagner
noticias@independente.com.br

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