Asfixia por esganadura ou facada são as causas mais prováveis da morte de Angélica Tonini

Jovem teria se deslocado em torno de seis quadras do trabalho até o Parque Pérola do Vale


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Delegado detalha as apurações policiais (Foto: Cícero Copello)

O delegado de Polícia Civil Dinarte Marshall Júnior, que está à frente das investigações do caso Angélica Maria Tonini (20), acredita que a provável causa da morte da jovem tenha sido com a utilização de uma faca ou asfixia por esganadura. Em entrevista ao programa Operação Conjunta desta quinta-feira (10), o delegado afirmou que esta é a principal linha da investigação. “O laudo oficial não foi lavrado, mas algumas questões puderam ser respondidas pelos peritos. O corpo bem decomposto, o rosto também. Não se tratava de trauma, não havia ossos quebrados, não havia projéteis de arma de fogo. A causa provável pode ser arma branca ou asfixia”, diz.

A investigação já conseguiu avançar e este trabalho é realizado em conjunto com a comunidade de Arroio do Meio, que abastece a polícia com informações e apontando possíveis suspeitos. Porém, nem todas as indicações levam a um destino sólido, segundo o delegado. Um vídeo divulgado pela polícia com imagens de câmera de vídeo monitoramento mostra Angélica e uma acompanhante, às 14h49 do dia 31 de janeiro, caminhando em direção à Área de Lazer Pérola do Vale, em Arroio do Meio. Ela não retornou para casa onde morava com o companheiro.

O corpo que provavelmente, segundo a polícia, é de Angélica, foi encontrado domingo (5) por pessoas que faziam trilha em meio ao mato do parque. “Pelas vestes, estatura e local que estava, nós temos quase que plena convicção de que seja Angélica Tonini”, sustenta do delegado.

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Marshall Júnior ainda destaca: “Pela nossa análise, dá para afirmar que ela não foi coagida, e sim foi de livre e espontânea vontade. Ela caminhava com um homem de aproximadamente 1 metro e 70 cm, pele clara, camisa azul, calça cinza. Não está descartada a possibilidade de ele ser o autor do crime.” Para isso é necessário localizar o suspeito para interrogatório, mas não se sabe ainda quem seja o homem.

A vítima era natural de Roca Sales, tinha se mudado há pouco tempo para Arroio do Meio, morava com o companheiro, na casa da família dele. A jovem era de origem humilde, não tinha antecedentes policiais. Há três semanas estava trabalhando numa loja de confecções no centro de Arroio do Meio. “Entendemos que não se trata de crime patrimonial. Estamos trabalhando na hipótese de crime pessoal.”

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O corpo estava irreconhecível, segundo laudo preliminar do Departamento Médico-Legal (DML). Chegou a ser identificado pela família, mas ainda com algumas dúvidas. Somente por DNA ou impressão digital será possível dar 100% de certeza da identidade. O resultado deve sair nos próximos dias.

Texto: Cícero Copello

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