As atletas com bebês em idade de amamentação serão autorizadas “quando necessário” a levar os filhos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, anunciou o comitê organizador após ser criticado pelas regras rígidas sobre a presença no evento das famílias dos participantes.
Adiados em 2020 devido à pandemia, os Jogos Olímpicos estão previstos para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto deste ano e os Jogos Paralímpicos, entre 24 de agosto e 5 de setembro.
Os famílias dos atletas que disputarão os Jogos não terão o direito de comparecer às competições, devido às regras sanitárias adotadas contra a pandemia, e haverá uma drástica redução no número de pessoas autorizadas a entrar no Japão.
O comitê organizador abriu uma exceção para as crianças em idade de amamentação, “depois de examinar cuidadosamente esta situação única”, mas elas não serão autorizadas a permanecer na Vila Olímpica e terão de ficar hospedadas em estabelecimentos privados, como hotéis.
“O fato de que tantas atletas com filhos pequenos possam seguir competindo no mais alto nível é uma fonte de inspiração”, afirmou o comitê Tóquio-2020 em um comunicado publicado na quarta-feira (30).
Críticas à medida e à organização
A estrela americana do futebol Alex Morgan, bicampeão mundial e medalhista de ouro em Londres-2012 que tem uma filha de um ano, afirmou que a medida não é suficiente.
“Ainda não tenho certeza do que significa ‘quando necessário’. Isto é decidido pela mãe ou pelo COI? Nós somos mães olímpicas dizendo a vocês: é NECESSÁRIO. Não fui consultada sobre a possibilidade de levar minha filha para o Japão e partiremos em sete dias”, escreveu a atleta em uma rede social.
Várias outras atletas reclamaram sobre as regras nas redes sociais.
A jogadora de basquete canadense Kim Gaucher disse que sentia que estava sendo forçada a decidir entre ser uma mãe que amamenta ou uma atleta olímpica”.
Fonte: G1