Elemar Sehn (60) e Clarice Niederli Sehn (57) relatam à reportagem da Rádio Independente a dor da perda da neta Sarah Luiza Mahle Sehn (1,7) após o ataque à escola infantil Pró-Infância Aquarela em Saudades, no Oeste de Santa Catarina.
“Estamos muito abalados. Somos vizinhos de rua (da neta). De manhã ela ia na creche, de tarde, ela ficava aqui em casa”, conta Elemar. Segundo ele relata, a menina era muito apegada a eles. Após ficar a tarde sob o cuidado dos avós, à noite ela também ia até a casa deles para brincar. “Meu filho Evandro (pai de Sarah), que é motorista, levava as crianças para a escola. Não sei se ele vai suportar continuar com esta atividade”, diz Elemar.
ouça a entrevista
“Quando o pai ia trabalhar, ela dormia comigo, de tarde”, lembra Clarice. A avó de Sarah diz que o adolescente, autor do atentado, não demonstrava ser capaz de tal ato. “Ele era um jovem normal, estava trabalhando. [..] Não se enxergava nele o que ele fez”. “Os pais (do autor do ataque) são gente simples, trabalhadores.”
Elemar tem familiares em Mato Leitão, Venâncio Aires e Lajeado.
Leia também
- ASSISTA: “Neste momento, não se descarta nenhuma linha de investigação”, diz delegado
- Saiba quem são as vítimas do ataque a creche em Saudades
- Sobe para cinco o número de mortes em ataque à escola de SC; três crianças estão entre as vítimas
Texto: Rodrigo Gallas
web@independente.com.br