Baterista do The Offspring é expulso da banda por não tomar vacina

Pete Parada explicou situação em suas redes sociais, afirmando sofrer de Síndrome causada por efeitos colaterais


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Pete Parada (Foto: Reprodução/Instagram)

Pete Parada, baterista do grupo The Offspring, revelou em suas redes sociais que foi removido da banda, em que estava desde 2007, após não tomar a vacina contra a Covid-19.

“Eu tenho algumas notícias infelizes e difíceis para contar. Eu sei que muitos dos meus amigos próximos e família iriam preferir saber disso de forma privada, e eu peço desculpas por meu pronunciamento público, mas eu não sei como falar sobre isso mais de uma vez”, começou em um longo texto.

“Devido a meu histórico médico pessoal e o perfil dos efeitos colaterais dessas vacinas, meu médico me recomendou a não ser vacinado nesse momento. Eu peguei o vírus há mais de um ano, foi moderado para mim, então tenho confiança de que poderia lidar com ele novamente, mas não tenho certeza que sobreviveria mais um pós-vacinação com Síndrome de Guillain-Barré, que eu tenho desde a infância e piorou ao longo da minha vida. Infelizmente para mim (e para a minha família – que gostaria de me ter vivo por mais um tempo) os riscos são muito maiores que os benefícios”, continuou.

A Síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio neurológico autoimune raro, em que o sistema imunológico danifica as células nervosas e tem causa desconhecida. É estimado que uma ou duas pessoas em cada 100 mil apresentem o caso por ano.

Na última semana, a Anvisa notificou 34 casos de reações relacionados a diferentes vacinas contra a Covid, mas afirmou que continua recomendando que todos tomem o imunizante. Segundo a agência, a maioria das pessoas se recupera totalmente do distúrbio. Em todo o mundo, cerca de 7,5% dos casos resultam em morte.

Pete continuou seu texto: “Já que não posso seguir com o que tem se tornado obrigação na indústria – foi decidido que não é seguro para as pessoas ficarem perto de mim no estúdio ou em turnê. Eu digo isso porque não estarei presente nos próximos shows. Eu também quero compartilhar a minha história para que aqueles que estejam sentindo a agonia e isolamento em ser deixado para trás saibam que não estão sozinhos. Eu não tenho sentimentos ruins pela banda. Eles estão fazendo o que acreditam ser o melhor para eles e eu por mim. Desejo a toma a família Offspring todo o melhor quando voltarem para a estrada. Estou com o coração partido de não ver minha equipe de estrada e vou sentir falta de me conectar com os fãs mais do que posso explicar.”

Apesar de seu caso específico, o baterista defendeu a escolha de cada um de tomar ou não a vacina.

“Enquanto o meu motivo para não ser vacinado é médico, não quero falar só sobre mim. Eu preciso deixar claro que eu apoio o consentimento informado – que exige escolha nem interferência de coerção. Eu não acho ético ou inteligente permitir que aqueles com maior poder (governo, corporações, organizações, chefes) possam ditar procedimentos médicos àqueles com menos poder”, afirmou.

Ele continuou: “Existem inúmeras pessoas (como eu) para quem essas vacinas apresentam mais risco do que o vírus. A maioria de nós não compartilha publicamente um decisão privada tomada em considerações cuidadosas com nossos médicos. Nós sabemos que não é uma conversa fácil para se ter. Parece que metade da população está tendo reações completamente diferentes a essas vacinas do que era esperado – provavelmente porque suas experiências de vida são completamente difetentes e seus motivos vão de uma análise consciente sobre riscos/benefícos, a impossibilidade financeiras de tirar um tempo do trabalho/não ter planos de saúde caso sofram com efeitos colaterais até uma falta de confiança compreensível em um sistema que nunca priorizou a saúde ou o bem-estar de suas comunidades”

Pete finalizou pedindo respeito por sua decisão e dos outros: “Espero que a gente possa aprender a dar espaço para todas as perspectivas e medos que existem atualmente. Vamos evitar a tendência infeliz da domincação, desumanização e brigas entre nós. Uma população hesitante não é um grupo monolíticos. Todas as vozes merecem ser ouvidas.”

Fonte: Revista Quem / Globo

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