Romildo Bolzan Jr. era a aposta do PDT como candidato ao governo do Estado. Outros partidos já haviam sinalizado apoio. Homem de gestão, equilibrou as contas no Grêmio, ganhou títulos e tem perfil conciliador. Seria o homem ideal para governar o RS.
Seria. O ano desastroso do Grêmio no Brasileirão acabou com o sonho de Bolzan e de seu partido. Hoje, como se diz no ditado popular, não seria eleito síndico de seu prédio.
Omisso, politiqueiro, negligente são alguns dos adjetivos que o torcedor gremista atribui ao até então melhor presidente da história do Grêmio.
Romildão da galera não é mais o “cara”. O fato é de que a série B desse ano tem apenas um responsável: Romildo Bolzan. O homem que destruiu o futebol do Grêmio, mesmo tendo a melhor base da história. Renato sempre agiu com o consentimento de Romildo, fez o que quis e deu no que deu. Renato caiu fora cedo e deixou toda a responsabilidade para o presidente.
O Grêmio tinha a faca e o queijo na mão. Era para o clube bater de frente com os poderosos, mas o próprio presidente destruiu o que parecia ter construído.
O futuro reserva ao Grêmio um ano difícil na série B. E o fim de um sonho para Bolzan na política.
Por Fabiano Conte, radialista e colunista de política.