Brasil e 10 países das Américas repudiam mortes em protestos na Venezuela

Países também pedem respeito ao direito de manifestação. Oposicionistas e apoiadores do chavismo farão protestos na próxima quarta-feira.


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Manifestantes e polícia entram em confronto em protesto nas ruas de Caracas no dia 8 de abril; população se manifesta contra Nicolás Maduro (Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

s governos do Brasil e de outros 10 países da América Latina repudiaram nesta segunda-feira (17) as mortes de seis pessoas nos protestos realizados na Venezuela nos últimos dias e pediram que seja evitado “qualquer ato de violência” nas manifestações convocadas para a próxima quarta-feira.

“Os governos (…) manifestam profundo pesar e repudiam a morte de seis cidadãos no contexto das manifestações ocorridas nos últimos dias na República Bolivariana da Venezuela. Expressam, ainda, solidariedade e condolências a seus familiares”, diz o comunicado conjunto divulgado.

A declaração está assinada por Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru e Uruguai. O texto também pede que o governo venezuelano garanta o direito à manifestação pacífica.


Manifestações

As manifestações começaram no dia 1º de abril em protesto contra duas sentenças do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que assumiu temporariamente os poderes do Legislativo e retirou a imunidade dos deputados, com a alegação de que a Câmara atuava em desacato a suas decisões.

As decisões foram anuladas parcialmente, em meio a uma forte pressão internacional, com denúncias de ruptura democrática no país, situação que estimulou os protestos.

Os opositores de Maduro também exigem que o governo convoque as adiadas eleições estaduais, que pesquisas de opinião apontam que o partido governista não sairia vencedor. Eles também querem uma eleição presidencial antecipada, já que o governo frustrou a tentativa de convocação de um referendo contra o presidente.

A oposição diz que Maduro, que tomou posse há quatro anos, se transformou em um ditador depois destas sentenças.

Maduro, que conta com o apoio dos militares e do núcleo radical do chavismo, denuncia a nova onda de protestos como uma tentativa de derrubá-lo, acusando os Estados Unidos e a Organização de Estados Americanos (OEA) de estar por trás do “golpe”.

Fonte: G1

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