Casal que apontou armas para manifestantes nos EUA discursa em convenção do Partido Republicano

'Pode acontecer com qualquer um de vocês', disse Patricia McCloskey, que chamou manifestantes do Black Lives Matter de 'radicais marxistas' e afirmou que 'famílias não estarão seguras na América dos democratas radicais'. Presidente Trump defende permissão mais ampla de porte e posse de armas.


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Patricia e Mark McCloskey falam em vídeo gravado para a Convenção Nacional do Partido Republicano, apresentado na segunda-feira (24) (Foto: Courtesy of the Committee on Arrangements for the 2020 Republican National Committee via AP)

O casal de advogados que apontou armas para um grupo de manifestantes em St. Louis fez um depoimento preocupado e em tom sombrio nesta segunda-feira (24) da Convenção Nacional Republicana, que oficializou a candidatura de Donald Trump à reeleição como presidente dos Estados Unidos.

“O que vocês viram acontecer conosco pode acontecer com qualquer um de vocês”, disse Patricia McCloskey, que se referiu aos manifestantes que desfilaram em frente à sua casa como “radicais marxistas”.

“Essas são as políticas que estão chegando a um bairro perto de você”, disse ainda Patricia. “Portanto, não se engane: não importa onde você more, sua família não estará segura na América dos democratas radicais”, prosseguiu.

Em um discurso gravado, Mark e Patricia McCloskey defenderam o direito ao porte de armas em todo o país — uma das bandeiras de campanha e de governo de Trump. Cada estado americano tem legislação própria sobre o acesso a armamento e munição.

A Convenção Nacional Republicana começou nesta segunda-feira, com Trump já confirmado como candidato do partido à reeleição. Familiares do presidente e personalidades ligadas a ele também discursaram neste primeiro dia do evento.

Relembre o caso

Mark McCloskey foi em junho flagrado com um rifle, enquanto a mulher, Patricia, segurava uma pistola. Ambos apontavam as armas para um grupo de manifestantes que pediam pacificamente a saída da prefeita de St. Louis, Lyda Krewson, em meio à onda de protestos nos EUA gerada com a morte de George Floyd.

Vídeos mostraram o casal aos gritos contra os manifestantes, ordenando que eles não entrassem na propriedade. O grupo, porém, disse que não tinha o interesse em fazer isso, e alguns participantes orientaram os demais a seguirem em frente e a ignorarem as ameaças.

O caso chegou à Justiça local, que abriu processo contra o casal de advogados. No estado de Missouri, uso ilegal de armas é considerado um crime de classe E, o tipo mais brando, mas ainda um crime, mais sério de que uma simples contravenção.

Fonte: G1

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