China suspende importação de carne suína de unidade alemã após surto de Covid-19

Medida pode indicar um risco para outros exportadores, como Brasil, onde houve registros de surtos da doença entre trabalhadores de frigoríficos.


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Funcionários de frigorífico na China embalam cortes de porco em imagem de 2017; país é o maior produtor mundial da carne (Foto: Dominique Patton/Reuters)

A China suspendeu importações de carne suína provenientes de uma unidade de processamento que pertence à alemã Toennies, mostraram documentos alfandegários nesta quinta-feira (18), um dia depois de a empresa relatar um surto de coronavírus entre trabalhadores da fábrica.

A Toennies disse na quarta-feira que paralisou o abate em uma de suas plantas após cerca de 400 funcionários testarem positivo para o vírus.

A Administração Geral de Alfândegas da China atualizou uma lista de frigoríficos aprovados para exportar ao país nesta quinta-feira para indicar que a unidade da Toennies em Rheda Wiedenbrück foi suspensa.

A Toennies não estava imediatamente disponível para comentários.

A China reforçou as inspeções de carnes importadas nesta semana, depois de um novo surto de infecções pelo coronavírus ser relacionado ao enorme mercado atacadista de Xinfadi, em Pequim.

A suspensão das importações provenientes da unidade alemã pode indicar um risco para outros exportadores, incluindo grandes fornecedores da China, como Brasil e Estados Unidos, onde houve registros de surtos da Covid-19 entre trabalhadores de frigoríficos.

“Agora isso parece ser um fator real de risco para os EUA, Brasil ou outros exportadores. Evitar a reincidência da Covid-19 tem prioridade sobre o controle da inflação da carne”, disse Darin Friedrichs, analista sênior da INTL FCStone, em nota.

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