Cocaína circula em grande quantidade e está mais disponível que nunca na Europa

Nada indica que a pandemia de Covid-19 tenha interrompido o tráfico da droga, de acordo com o relatório anual da agência de narcóticos da União Europeia divulgado nesta terça-feira (22).


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Usuário prepara cocaína para consumir em forma injetável em Glasgow, na Escócia, em foto de 11 de setembro (Foto: Andy Buchanan/AFP)

Cada vez mais pura e em maior quantidade, a cocaína está mais disponível do que nunca na Europa. Nada indica que a pandemia de Covid-19 tenha interrompido o tráfico da droga, de acordo com o relatório anual da agência de narcóticos da União Europeia divulgado nesta terça-feira (22).

Os indicadores apontam que “nunca houve tanta cocaína na Europa”, disse à AFP Alexis Goosdeel, diretor do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (OEDT), que apresentou o relatório anual.

A quantidade da droga apreendida na União Europeia (UE) alcançou os níveis mais elevados já registrados. Em 2018, ano de referência do estudo, foram 181 toneladas. O dado representa 40 toneladas a mais que em 2017, ano do recorde anterior.

Os portos da Bélgica (53 toneladas), Espanha (48 toneladas) e Holanda (40 toneladas) concentraram no conjunto 78% do total apreendido no bloco.

As apreensões de folhas e pasta de coca também aumentaram, indicando a existência de laboratórios que fabricam a cocaína diretamente em solo europeu, aponta o OEDT. Paralelamente, a pureza da droga no continente registra tendência de alta na última década, enquanto seu preço no varejo permanece estável.

2ª droga mais popular

Consumida por 4,3 milhões de europeus em 2018, a cocaína é a segunda droga mais popular na Europa, depois da maconha.

O relatório aponta ainda “um aumento nas apreensões de grandes quantidades de resina de cannabis e, cada vez mais, de heroína transportada por mar”.

A pandemia de Covid-19, assim como a aplicação de medidas restritivas para interromper a transmissão do vírus, não parecem frear a tendência. “Apesar da epidemia de coronavírus, observamos que nunca existiram tantas drogas de todas as categorias disponíveis na Europa”, resume Goosdeel.

Somando todas as substâncias, o mercado de drogas gera de “€ 30 a € 35 bilhões por ano” em um continente em que 96 milhões de pessoas de 15 a 64 anos já experimentaram ao menos uma droga ilícita, principalmente a maconha.

Fonte: G1

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