O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel do país, subiu 4,10% em maio e atingiu 37,04% em 12 meses, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Conhecido como “inflação do aluguel”, por ser o indexador usual nessa área, o IGP-M sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários e matérias-primas, as commodities.
Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. A disparada preocupa inquilinos, proprietários e corretores, ainda mais em um período de pandemia de coronavírus e crise econômica pela qual o país passa. A recomendação de profissionais do mercado imobiliário, tanto para inquilinos como proprietários, é buscar o bom senso na hora da negociação.
“Eu acho que o termo a ser utilizado é negociação. Deve ocorrer o bom senso, e por isso da importância das imobiliárias, porque o corretor é o agente que vai aceitar as propostas dos inquilinos e proprietários para chegar num bom termo”, explica Marco Aurélio Rozas Munhoz, delegado sub-regional da 17ª Região do CRECI-RS e delegado do Sindicato da Habitação (Secovi) de Lajeado.
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Pela experiência como corretor imobiliário, Munhoz destaca que é possível chegar a um termo entre 30% e 60% do valor do índice do IGP-M. “Não tem como se aplicar 37%. Então, o que se faz: negociação”, pontua. “95% dos negociações se chega a um bom termo”, percebe. Para ele, não é indicado fazer a troca de indexador para o aluguel. O profissional do setor orienta que os envolvidos esperem o mercado se estabilizar.
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