A primeira atriz brasileira a receber indicação em um festival internacional de cinema foi Ruth de Souza, ativista e pioneira no movimento artístico negro. Um século antes desse feito, a maranhense Maria Firmina dos Reis, filha de uma escrava alforriada, se tornava a primeira mulher romancista do país. Essas e outras histórias compõem o livro Narrativas Negras, iniciativa criada por um coletivo homônimo que reúne 70 brasileiras com um único objetivo: resgatar e divulgar a trajetória de mulheres negras que influenciaram a cultura do Brasil.
Junto a elas, mais de 800 pessoas se mobilizaram para tornar o livro uma realidade, arrecadando R$ 45.147, até o início de agosto, para a produção de mil exemplares, equivalente a 205% da meta proposta em março deste ano. “Esses 205% vieram só para acrescentar e mostrar o quão grande é o que estamos criando e quantas pessoas acreditam nessa iniciativa”, comemora Isadora Ribeiro dos Santos, UX designer e uma das líderes do coletivo.
Pouco conhecidas, as histórias dessas mulheres têm ganhado visibilidade por meio de coletivos como o Narrativas Negras e de pesquisas que têm resgatado cada vez mais informações sobre personalidades importantes, como Carolina de Jesus, e símbolos de resistência, a exemplo de Dandara dos Palmares e Tereza de Benguela.
Fonte: Revista Glamour