“Consideramos precipitado esse calendário”, diz diretor do Cpers sobre retomada das aulas presenciais

Sindicato se reúne de forma virtual com equipes diretivas das escolas estaduais do Vale do Taquari para debater o assunto nesta quarta-feira (2).


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Diretor do 8º núcleo do Cpers-Sindicato, com sede em Estrela, Gerson Luis Johann (Foto: Gabriela Hautrive)

As aulas das redes estadual e municipal de ensino do Rio Grande do Sul foram suspensas em março deste ano devido a pandemia da Covid-19. A proposta inicial, por parte do executivo estadual, era para retomada a partir do dia 31 de agosto, o que não aconteceu. Nesta terça-feira (1º) o governo apresentou um novo cronograma com a ideia de retornar com os encontros presenciais em setembro, de forma escalonada, concluindo o processo em novembro.


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As etapas começariam pela Educação Infantil em 8 de setembro, passando pelo Ensino Médio e Ensino Superior, em 21 de setembro, e o Ensino Fundamental, entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais). Conforme o diretor do 8º núcleo do Cpers-Sindicato, com sede em Estrela, Gerson Luis Johann, o momento é de apreensão e debates. “Estamos dialogando com a categoria, fazendo reunião com direções de escolas para trocar algumas informações e construir uma postura quanto a isso. Nós consideramos precipitado esse calendário do governo do estado”, relata.

Johan justifica o posicionamento dizendo que o governador Eduardo Leite está dando um prazo maior para retomada das atividades nas escolas estaduais, porém, não se sabe como será o processo de contaminação do coronavírus nos próximos dias. “Nos solidarizamos com colegas de outras redes, como as municipais, que a abertura está prevista já para há alguns dias, com a educação infantil. Acreditamos que não existe possibilidade nesse momento de fazer essa retomada”.

Reunião virtual acontece nesta quarta-feira com representantes das escolas estaduais da região (Foto: Gabriela Hautrive)

O presidente do Cpers também informa que foram feitas pesquisas com famílias, mostrando que maioria das pessoas, assim como os prefeitos da região, que compõem a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), não concordam que o calendário de volta às aulas comece pela Educação Infantil. “São muitas posições nesse momento e nos mantemos abertos para conversas, diálogos e atento a essa situação, que é diferente e está gerando muito estresse, nos professores e também nos alunos. Fica a pergunta, será que é o momento certo de voltar? Será que não é mais importante preservar a vida, saúde das pessoas?, questiona. Ele defende que o governo não está ouvindo as pessoas, e sim, simplesmente apresentando um calendário que precisa ser seguido.

Reunião com equipes diretivas da região

Nesta quarta-feira (2), está marcada para 18h, uma reunião virtual com membros do Cpers e equipes diretivas de todas as escolas estaduais da região. “Foram convidados cerca de 80 direções de escolas, que tem como objetivo trocar informações. Estará presente a presidente do Cpers, professora Elenir Aguir, advogado do sindicato, Marcelo Fagundes, e assim procuramos construir um diálogo com as escolas para entender o que é melhor para todos, professores, alunos e comunidade”, relata o presidente do 8º núcleo.

Texto: Gabriela Hautrive
producao@independente.com.br

2 Comentários

  1. Esse sorrisinho cínico aí debochando da nossa cara…. tá rindo pq teu salário tá garantido né pelegão ! Sindicado = PT = Contra desenvolvimento = Quanto pior melhor

  2. Baita FDP,se não tivesse COVID estaria chamando para greve, tudo para ficar parado em casa, teu salário todo mês na conta neh seu merda.
    Comércio e Indústria levando vcs nas costas, tá mais que na hora de retornar, qual a diferença de vcs com o resto do povo.
    VAGABUNDO

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