O 8º Núcleo do Cpers/Sindicato, entidade que representa a classe do magistério regional, realizou manifestações na manhã desta sexta-feira (31). O ato simbólico ocorreu em frente a seda da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), no Centro de Estrela.
De acordo com o presidente do 8º Núcleo do Cpers, Gerson Johan, a ação, denominada “Chega de Arrocho”, teve por objetivo chamar a atenção para a defasagem salarial dos professores da rede estadual de ensino e da precarização da educação. “O governo não paga nossos salários, não envia verba para limpeza e reforma das escolas, e nos coloca em dificuldades. Neste momento de pandemia, o governo deveria estar investindo em tecnologia na escola para que o aluno pudesse acompanhar a aula produzida com tanto esmero pelo professor. Não vemos o estado se preocupando, e fica enrolando os alunos. Sabemos que estamos chegando ao pico da pandemia e que é impossível neste momento nós reabrirmos as escolas. Tenho notícias de escolas de Estrela, Lajeado, Teutônia e Taquari onde profissionais da educação estão contaminados pela doença. Isso nos coloca em alerta. Esperamos que o governo do estado possa abrir um diálogo com o Cpers para discutir estas questões”, comenta o sindicalista.
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O protesto, denominado “Chega de Arrocho”, foi rápido e contou com poucas pessoas, como medida de prevenção à Covid-19. Cartazes foram fixados na grade que cerca o prédio da 3ª CRE, com frases em desagravo ao governo e explicando as pautas reivindicadas.
O Cpers também aproveitou a oportunidade para reivindicar o pagamento dos dias de greve no fim de 2019. De acordo com a entidade, as aulas foram recuperadas mas não teriam sido pagas. Manifestações do magistério ocorreram simultaneamente nesta sexta-feira (31), em todas as 30 sedes das Coordenadorias Estaduais de Educação do Rio Grande do Sul. LF