De olhos nas prévias, Leite esquece que é governador

"Dá a impressão de que Leite esqueceu de sua primeira missão que é o de governar o Estado."


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Foto: Divulgação

Eduardo Leite é jovem na política. Poderá ter um futuro promissor ainda pela frente, por mais que já tenha conquistado um dos mais altos cargos da vida pública, o de governador de um Estado. Mas precisa cuidar para não incorrer em um dos erros mais comuns dos políticos: governar pensando nas próximas eleições.

Dá a impressão de que Leite, desde que assumiu publicamente a sua opção sexual (e isto não é problema algum e não muda nada em relação ao seu desempenho) e assumiu a condição de candidato a presidente, esqueceu de sua primeira missão que é o de governar o Estado.

Nos últimos dias tenho visto Eduardo Leite falando somente das prévias do PSDB. Com as atrapalhadas do partido ele se envolveu mais ainda na luta para derrotar seus oponentes internos, João Doria e Arthur Virgílio. Até passar o processo de escolha do candidato tucano marcado para este domingo, isto se tudo der certo, Leite só terá olhos para isto.

Me preocupa o futuro. Se ele vencer as prévias assume a condição de presidenciável e daí, definitivamente, as questões do Rio Grande do Sul ficarão relegadas a um segundo plano. Lembrando que ele não precisa renunciar para concorrer.

Há quem possa discordar desta visão. Mas meu sentimento é este. Para Leite, o Rio Grande do Sul já não basta. Ele quer o Brasil. Tudo dependerá das escolhas tucanas. Enquanto isto, ficamos assim, só observando, até porque nossos problemas estruturais estão “todos” resolvidos. Vivemos no melhor Estado.

Foto: Divulgação

Fabiano Conte é jornalista, radialista, professor de oratória, assessor de imprensa e organizador de eventos. Toda semana, ele pauta assuntos ‘quentes’ dos bastidores da política, sua especialidade na área jornalística. 

1 comentário

  1. Eu sou paulista e acompanhei a batalha de Dória contra a pandemia com muita coragem e não bastasse o desafio de cuidar do estado que era epicentro e mais populoso teve que encarar diariamente provocações negacionistas do governo federal. Leite não ter reconhecido este potencial e que Dória era o novo nome que o PSDB necessitava urgentemente foi um erro. Acertou em se projetar nacionalmente, mas há momentos em que o recuo é um ganho.

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