Após o recuo do nível do Rio Taquari, a maioria das famílias que estava desabrigada em Lajeado retornou para casa. Até as 16h desta quinta-feira (5), 33 famílias já tinham retornado às suas moradias, e seis devem ficar no parque até a manhã desta sexta-feira (6), pelo menos, quando será providenciado o retorno. No pico da enchente em Lajeado, 42 famílias e aproximadamente 170 pessoas foram abrigadas no Parque do Imigrante. Outras 70 se deslocaram para residências de parentes e amigos.
Após passado o período de maior correria, o coordenador da Defesa Civil, Gilmar Queiroz, e o secretário de Segurança Pública de Lajeado, Paulo Locatelli, concederam entrevista ao Redação no Ar na tarde desta quinta-feira (5) e compartilharam suas impressões da enchente, que chegou a 20,57 metros na medicação do CPRM em Estrela.
De acordo com eles, para qualificar o trabalho das equipes de atendimento, a ideia é fazer um cadastramento das famílias por conta de inundação do Rio Taquari. Atualmente, quando o nível do rio começa a subir, a Defesa Civil vai até os locais onde sabe que a água chega e faz um trabalho de orientação e prepara a possível remoção. Porém, não há um mapeamento detalhado das casas por cota e nem um cronograma fechado de abordagem.
Queiroz destacou como ponto positivo ouvir das pessoas que elas conseguiram tirar seus móveis e itens pessoais essenciais de casa a tempo e não tiveram perdas substanciais. Na outra enchente, em 2020, quando o rio chegou à cota de 27,39m, não houve esse tempo, e sim desespero.
O coordenador, que é policial aposentado e tem experiência como salva-vidas, já tem uma lista de apontamentos para melhorar o trabalho da Defesa Civil de Lajeado a partir desta cheia. Já Locatelli destacou o foco em prevenção e comunicação com moradores. Ele lamentou e reconheceu os transtornos que as informações desencontradas do nível do Taquari ainda causam. Por isso o secretário quer alinhar com os responsáveis pelo sistema para dar as informações no mesmo momento.
Texto: Tiago Silva
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