“Devemos repensar o parlamento enquanto gasto público”, justifica diretor do A Hora, após reação de vereadores de Estrela sobre coluna

Segundo Adair Weiss, os gastos com a manutenção das câmaras municipais na região somam mais de R$ 60 milhões.


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Articulista e diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss (Foto: Arquivo / Grupo Independente)

O articulista e diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss (45), manifestou-se, na manhã desta terça-feira (17), sobre a polêmica em que foi envolvido na sessão desta segunda-feira (16), da Câmara de Vereadores de Estrela.

Os parlamentares usaram a tribuna da casa para manifestar repúdio à opinião do articulista, publicada na edição de sábado (14) do jornal A Hora. No texto, que leva o título: “Vereadores ‘assaltam’ os municípios da região”, Weiss opina sobre os gastos com a manutenção das câmaras municipais na região, que nesta legislatura soma mais de R$ 60 milhões, de acordo com a publicação.

Na nota enviada à Rádio Independente, Adair Weiss ressalta o respeito a instituição legislativa, dentro do contexto democrático. Sobre o termo “assaltam”, o diretor do Grupo A Hora justifica que a intenção foi “despertar a opinião pública e sensibilizar os vereadores de que devemos repensar o parlamento enquanto gasto público”.

Nota do articulista e diretor do jornal A Hora, Adair Weiss

A opinião expressada por mim, no jornal A Hora, edição do dia 14/09, reflete o sentimento popular em toda a região. As pessoas estão cansadas, já nem acreditam em mudanças.

Ainda assim, sou de opinião que sempre é possível mudar as coisas. A manchete que se utilizou do verbo “assaltar” entre aspas, foi no sentido de despertar a opinião pública e sensibilizar os vereadores de que devemos repensar o parlamento enquanto gasto público.

Reforço meu total apoio e respeito pela representatividade do legislativo no contexto democrático. Sou favorável ao maior número de vereadores, o que não significa gastança, necessariamente.

Antigamente o serviço de vereança era prestado voluntariamente. Nem por isso, as câmaras eram piores ou menos importantes. Pelo contrário, os vereadores voluntários travavam exaustivos debates públicos, dignos de uma representação popular autêntica.

Não penso que precisamos voltar a este patamar. Mas devemos repensar os salários que aumentam a cada legislatura, sem precedentes. Isto é o que todos nós cidadãos devemos debater.

Por último, reforço meu respeito ao legislativo e minha crítica à “indústria parlamentar” que se agiganta. Esta devemos combater e deve ser um movimento contínuo, de todos os cidadãos que pagam esta conta pesada. Afinal, R$ 60 milhões não é pouco dinheiro em apenas quatro anos.

Acredito que tudo isso seja o começo de uma grande discussão que não deve mais parar.

Depois da minha coluna, o A Hora ampliou o debate interno. Nos próximos dias, a empresa se manifestará sobre os rumos e desdobramentos que adotará para ampliar o debate e o encaminhamento de um proposição sensata e aceitável para o nível regional.
Para o momento, era isso. Obrigado a todos.

Adair Weiss – Cidadão.

2 Comentários

  1. Boa Tarde.
    Parabéns, temos que parar de falar nas esquinas, e falar abertamente tudo que é errado…

    Parabéns ADAIR WEISS, acredito que muitas pessoas gostariam de expressar o que você disse, mas não somente o Legislativo, aqui na minha cidade Travesseiro, temos dinheiro mal gasto pelo Executivo.

    Rasgando dinheiro público, muitos não falam por retaliações, pois em municípios pequenos é assim que acontece.

    Mas parabéns pela sua iniciativa…

  2. Críticas são indiscutivelmente necessárias para a sanidade democrática, desde que embasadas por princípios éticos, judiciais e com premissas válidas quando se trata de um veículo de imprensa. Citando a questão legal, como reiterado pelos membros da bancada, todos somos inocentes até que se prove o contrário por base constituinte. O único dado apresentado foi a manutenção dos salários que para o bem ou para o mau, é previsto em lei. Assalto previsto em lei é um erro crasso de lógica. Concordo plenamente que há erro de gestão, entretanto apelação à falácia emocional não vale como um parâmetro sério de mudança municipal, ou da vida pública, mas tão somente comercial. Espero que matérias caluniosas não se tornem rentáveis em nossa região como temos visto em nível nacional.

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