Diretora lamenta precariedade de salas de aulas que impedem retorno presencial

Três salas da Escola Estadual Fernandes Vieira estão incapacitadas de receber alunos dos anos finais devido a enchente do ano passado


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Salas de aulas apresentam buracos no chão devido complicações da enchente de julho de 2020 (Foto: Caroline Silva) 
Diretora da Escola Estadual Fernandes Vieira, Carma Marder (Foto: Caroline Silva)

O retorno das aulas presenciais, tão aguardado pela maioria dos estudantes, não foi possível para os alunos do 6º, 7º e 8º ano da Escola Estadual Fernandes Vieira, de Lajeado. Isso porque o chão de três salas de aulas da instituição apresentam buracos devido a enchente que atingiu a região em julho do ano passado.

Conforme a diretora da escola, Carma Marder, antes da enchente, as salas já sofriam com uma grande quantidade de cupim. “Temos problema de muito cupim e essas salas já estavam sofrendo o ataque desses insetos, e com a enchente ficaram sem condições de usá-las”, explica.

A professora fala que muitos pais a questionam sobre o motivo da situação não ser resolvida. “Mas é algo que não depende de nós enquanto escola, os valor é bastante alto, cerca de R$ 91 mil. Já foi feito o projeto e foi aprovado, só depende da reserva financeira do governo do Estado”, comenta.

Sem refeitório

Outro problema enfrentado pelo educandário é a falta de um refeitório. Segundo a diretora, os professores precisam servir os alunos nas próprias salas de aula. “Dificulta um pouco mais o trabalho porque temos que servir toda a merenda escolar nas salas de aulas. Antes não tínhamos tantas turmas, e uma das salas servia de refeitório, sei que não é adequada, mas sabemos da necessidade da alimentação para os alunos”, ressalta.

“Isso decepciona”

Mãe de dois filhos, um deles aluno do 7º ano que está com a sala de aula interrompida, a diarista Sandra Horn, conta que estava contente pelo retorno das aulas presenciais e se sentiu decepcionada com o impedimento. “Era uma noticia que estávamos esperando há bastante tempo, e nos deparamos com essa situação. Isso decepciona porque meu filho precisa continuar nas aulas remotas porque o governo não se preocupa com o ensino”, desabafa.

3ª CRE e SED

A reportagem procurou a coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Cássia Benini, mas não obteve resposta. A secretária municipal de Educação de Lajeado (SED), Vera Plain, disse que por ser uma escola estadual, o município não pode contribuir com os reparos na estrutura.

Texto: Caroline Silva
jornalismo@independente.com.br