Documentos sigilosos entregues à CPI da Pandemia e obtidos pela CNN indicam que o governo federal desistiu de comprar mais de 40 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ao negociar com o Covax Facility, o consórcio internacional sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi).
Trocas de comunicações diplomáticas entre a Embaixada do Brasil junto à OMS em Genebra, o governo brasileiro e a Gavi registram que o país inicialmente fecharia com o Covax por uma cota de vacinas que pudesse imunizar 20% da população brasileira e, às vésperas da assinatura do contrato, mudou de ideia, reduzindo esse percentual para 10%. Na prática, isso representou que o Brasil deixou de fechar a compra de 85 milhões de doses para ficar com metade dessa quantidade, 42,5 milhões de doses.
Os documentos também registram que, durante as negociações de adesão do Brasil ao Covax, o general Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde, pediu para ter uma reunião com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Fonte: CNN Brasil