Donos de carros antigos protestam contra proposta de reforma tributária do governo estadual

Na mira deles, especialmente o ponto que extingue a isenção de IPVA para 2 milhões de veículos antigos no RS.


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Foto: Alina Souza / Correio do Povo

Uma carreata com veículos antigos realizada no sábado (12) à tarde protestou contra as propostas da reforma tributária, apresentadas pelo governo Eduardo Leite.

Na mira deles, especialmente o ponto que extingue a isenção de IPVA para 2 milhões de veículos antigos no RS. Pela proposta do governo do Estado, que ainda precisa passar pela Assembleia, benefício passará a valer para modelos a partir de 40 anos de fabricação, e não mais de 20 anos. No ato, os proprietários dos automóveis criticaram também o aumento do IPVA de 3% para 3,5%.

Os veículos que saíram do posto Garoupa, na Avenida Assis Brasil, na zona Norte, estavam com adesivos colocados nos carros contra as medidas do Executivo estadual. Ele seguiram até o Palácio Piratini e Assembleia Legislativa, no Centro Histórico. No Legislativo, os motoristas colocaram um cartaz com uma mensagem aos deputados estaduais: Não à reforma tributária e a foto de cada um dos 55 parlamentares.

Dezenas de veículos antigos, com mais de 20 anos de fabricação, passaram por algumas das principais vias da cidade, como as Avenidas Assis Brasil, João Wallig, Nilo Peçanha, Ipiranga, Protásio Alves e Praia de Belas. Os veículos foram escoltados por uma viatura da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) até a Rua Duque de Caxias. Diversos veículos estavam com a mensagem “IPVA Não”.

A proposta de Reforma Tributária RS foi apresentada há quase dois meses pelo governo estadual. Com o conjunto de medidas reunidos em três projetos de lei já enviados à Assembleia Legislativa, o governo afirma que não propõe aumento de carga tributária. Existiria, inclusive, redução em torno de R$ 194,7 milhões na arrecadação, mantendo o Rio Grande do Sul entre as menores cargas tributárias em relação ao PIB no país.

O Executivo diz que a aprovação da Reforma Tributária RS se torna necessária na medida em que, ao final deste ano, se encerra o prazo de majoração das alíquotas de ICMS. Assim, o Estado deixará de arrecadar R$ 2,85 bilhões, dos quais R$ 850 milhões são dos municípios. O resultado, conforme o Piratini, será a precariedade de serviços essenciais, como saúde, infraestrutura e segurança, tanto em âmbito estadual como municipal.

Fonte: Correio do Povo

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