Empossado, novo ministro da Justiça decide trocar comando da PF

Anderson Torres tomou posse do cargo nesta terça-feira e teve o aval do presidente Bolsonaro para fazer a substituição na Polícia Federal


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Posse do novo ministro ocorreu nesta terça-feira, em reunião reservada | Foto: Marcos Corrêa

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que tomou posse nesta terça-feira, na reforma ministerial do presidente Jair Bolsonaro, decidiu trocar o comando da Polícia Federal (PF), confirmou fonte da Record TV em Brasília. O atual número 1 da instituição é Rolando Alexandre de Souza, no posto desde maio de 2020, quando o então ministro Sérgio Moro pediu demissão.

Segundo essa fonte, o presidente Jair Bolsonaro deu autonomia para o novo titular da pasta fazer indicação de nomes. “A troca é um processo natural na chegada do novo ministro. Uma nova administração. [Trata-se de] trazer pessoas alinhadas com a a linha de raciocínio dele [Anderson Torres]”, afirmou o interlocutor.

Terceiro titular da pasta na gestão atual, ele ainda não revelou o candidato que apresentará a Bolsonaro, mas conforme apuração da colunista do R7, Christina Lemos, circula nos bastidores da sede da PF o nome do delegado Márcio Nunes de Oliveira. Ele é superintendente regional no Distrito Federal e próximo a Torres.

O novo ministro é delegado da Polícia Federal e ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal – nesta última em ao menos três oportunidades. Ele já havia sido cotado para chefiar tanto o Ministério da Justiça quanto a PF. Próximo da família Bolsonaro, ocupa um posto sensível para o governo federal, já que há investigações em curso que miram a família do presidente.

Além dele, o presidente empossou na manhã desta terça, em cerimônia fechada, os novos ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Walter Braga Netto (Defesa), Carlos Alberto França (Relações Exteriores) e Marcelo Queiroga (Saúde).

Também tomaram posse os novos titulares da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que será responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Poder Legislativo, e da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, que volta ao cargo após passar menos de um ano à frente da Justiça.

Currículo

Com experiência em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica, coordenou as principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005.

Entre 2007 e 2008, coordenou toda a atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Teve sob sua responsabilidade a administração da parte técnica e logística da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal e suas congêneres regionais entre 2008 e 2011.

Nos últimos anos, dedicou-se a coordenar atividade parlamentar na Câmara dos Deputados voltada para as Comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, além da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Anderson Torres assessorou, ainda, o trabalho de duas Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito, no Congresso Nacional.

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