A diretora da Salus Vacinas, Luciana Weidlich, explicou detalhes técnicos sobre a produção de vacinas, abordou a segurança dos imunizantes e esclareceu eventuais contraindicações.
As informações foram dadas em entrevista ao programa Panorama desta terça-feira (19), data em que a Coronavac deve chegar ao Vale do Taquari, por intermédio do Ministério da Saúde e do Governo do Estado.
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Conforme ela, a Coronavac (do laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan) é segura. Estudos realizados no Brasil, na Turquia e na Indonésia não relataram problemas importantes nos testes, explica Luciana. A vacina é produzida pelo método tradicional, com o vírus inativado, uma tecnologia semelhante à da gripe, com bom perfil de segurança.
“Os estudos mostram que a vacina é segura na população estudada. Esses dados nos deixam tranquilos. É uma vacina segura para ser aplicada”, garante.
Sobre contraindicações, a diretora da Salus Vacinas diz que cada imunizante tem as suas condições específicas. Dessa forma, é preciso ler a bula. No caso da Coronavac, Luciana diz que há poucas contraindicações, geralmente alergia a alguns componentes da fórmula. Atualmente, a vacina não é recomendada para crianças e gestantes, grupos que ainda faltam testes de eficácia.
A especialista diz que a disponibilização das vacinas na rede privada ainda vai demorar. Ela explica que o processo é longo e mais complexo que a aprovação para o sistema público. “Para ser comercializada a vacina precisa ter registro completo com a Anvisa, não somente o uso emergencial”, destaca Luciana.