Entenda por que o dia 15 de abril é a data da conservação do solo

Engenheiro agrônomo ressalta a importância do solo para todos nós em sua coluna; confira


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Foto: Divulgação

Declarado por lei federal 13/11/1989 para lembrar da importância do solo para todos nós neste 15 de abril. Mais o artigo da ZH deste domingo fez voltar ao meu tempo de estudante na Faculdade de agronomia -UFRGS, ETA- Viamão e no Morro Ginásio Agrícola- POA. As disciplinas ligadas ao solo, flora e fauna sempre estiveram presentes.

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O Geólogo e Naturalista José Alberto Wenzel com quem tive alguns contatos em Santa Cruz do Sul traz boas lembranças com “ A Fisionomia do RS + 80” escrito no final de 1930 e início 1940 e editado em 1942 e reeditado e revisado em 1956, “Fisionomia do Rio Grande do Sul” do Padre Jesuíta Beduíno Rambo. Atualmente reeditado pela Unisinos. Onde ele relatou os aspectos da geografia, solos, flora, fauna e hidrografia do estado. E principalmente a preocupação com a preservação ambiental, lógico incluindo o solo. Que utilizei para várias pesquisas e boas leituras pela forma fácil de entender. Recomendo.

A citação de que os professores Mozart Pereira Soares e Antônio Tavares Quintas (Botânica), que fizeram parte da minha formação e ainda de José Lutzemberger de quem assisti várias palestras e treinamentos, me trazem os bons valores que me foram repassados. Gratidão a todos eles.

Outro livro que marcou época foi do Médico, historiador, geógrafo e professor Amyr Borges Fortes- 1959 “ Geografia Física do Rio Grande do Sul” que nos traz informações importantes sobre clima, geologia, zonas fisiográficas e hidrografia (rios e arroios). Este tenho como relíquia. 

A Embrapa tem vários trabalhos sobre solos do Rio Grande do sul. Escolhi um de 1973- “ Levantamento do Reconhecimento dos Solos do Estado do RS- Lemos, R.C. 

O solo do estado é bastante diversificado, mas pode ser dividido didaticamente em três grandes grupos. Solos do Planalto onde a principal limitação para produção agrícola é de natureza química. Os solos da Campanha e Serra do Sudeste tem sua limitação na profundidade do solo (raso). E os solos da Depressão Central e Litoral que tem limitação de drenagem. 

Ao ser levado em consideração características gerais, químicas e o uso potencial agrícola é possível identificar 111 unidades de mapeamento de acordo com a aptidão agrícola. Cada uma com suas orientações de uso e tecnologia mais adequada. Mostra a importância das análises do solo para as devidas correções, adubação e práticas conservacionistas.

Citamos alguns livros para mostrar que esta preocupação com o solo não é de agora e sim do século passado. Sempre houve estudos e aplicações de melhoria do uso do solo e técnicas de conservação. Que evoluíram sim, mas estamos longe de considerarmos a situação resolvida. Até deserto já temos no RS como o de Alegrete, aproveitando a pergunta: e agora?

Temos práticas com tecnologia simples até as mais trabalhosas conhecidas para serem aplicadas e diminuir os problemas de desgaste do solo e ou sua recuperação.  Pesquisa e extensão rural tem algumas destas respostas. Procure ajuda e valorize a sua propriedade e a natureza. Faça a sua parte.

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