Após um pico de casos de coronavírus a partir da primeira semana de fevereiro, Lajeado já começa a perceber uma baixa em indicadores importantes da situação do contágio na cidade. “Nós, felizmente, estamos vendo números muito promissores na redução de novos casos. Para se ter uma ideia: a gente vinha tendo, lá na primeira semana de março, 80 atendimentos que nós prestamos no posto do centro. Nós, este final de semana, tivemos entre sábado e domingo 19 atendimentos”, relata o secretário de Saúde de Lajeado, Cláudio Klein. “Assim também vimos os números dentro da UPA e no sistema de atendimento da Unimed”, completa.
ouça a entrevista
Esses dados indicam uma redução da pressão no sistema de saúde. Porém, ainda é preciso percorrer um ciclo. “A repercussão sobre a internação, sobre os leitos e como a gente faz a leitura sobre os óbitos, eles ainda não têm uma repercussão significativa”, comenta o secretário, para quem os dados, se seguirem essa tendência, vão baixar gradativamente. “A gente enxerga um horizonte um pouco melhor para os próximos dias.”
Klein destaca o impacto da onda de coronavírus que abateu Lajeado, o Vale e o Estado a partir de fevereiro. Conforme o médico, foram 60 mortes em todo o ano de 2020 em Lajeado. Já neste ano são 64 óbitos, 54 deles somente em março. “Dá para termos uma noção muito clara da onda extremamente elevada de casos que a gente teve a partir da primeira semana de fevereiro”, observa
Mesmo com a alta demanda, o secretário diz que não há falta de medicamentos e nem de oxigênio para os atendimentos. De acordo com ele, o Hospital Bruno Born se preparou de forma antecipada com oxigênio. “Nós estamos com uma boa estrutura”, tranquiliza.