Feiras agroecológicas aproximam o consumidor da produção de qualidade, afirma agrônomo da Emater

Para Lauro Bernardi, esse tipo de feira valoriza a cultura, as tradições e a gastronomia regional


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Foto: Tiago Silva

Será retomada nesta quinta-feira (16), em Lajeado, a Feira Regional de Agricultores Agroecologistas, paralisada desde o início da pandemia de coronavírus. A comercialização acontece entre os prédios 3 e 7 da Univates, 16h às 19h. Serão cinco produtores de grupos de Arroio do Meio, Santa Clara do Sul, Forquetinha e Cruzeiro do Sul. Eles ofertarão frutas e hortaliças da época, derivados de cana-de-açúcar e melado, além de microverdes e outras variedades. Além da Univates, a feira é apoiada pela Emater/RS-Ascar e Articulação em Agroecologia do Vale do Taquari (AAVT).

O agrônomo e técnico de abastecimento da Emater Lauro Bernardi ressalta que “o trabalho feito pelos feirantes aqui na região, no Estado e no Brasil é muito significativo em aproximar a produção de qualidade ao consumidor”. Conforme ele, “as feiras, como regra, são um momento de comercialização, mas também de sociabilidade, de valorização da cultura, das tradições e da gastronomia de determinada região”.

Bernardi explica que a feira de agroecologistas de Lajeado se diferencia das demais na região por abrir espaço para feirantes com perfil diferenciado. Estes passam pelo crivo de uma normatização específica, são monitorados por técnicos do Ministério da Agricultura, que fazem a aferição de fato se o produto é orgânico.

Para o agrônomo, é um privilegio poder acessar um produto diferenciado, com qualidade e procedência comprovadas. Bernardi pontua que a feira regional de agroecologistas permite valorizar um modo de produção diferenciado, que permite colocar na mesa do consumidor frutas, verduras e legumes com conceito mais saudável.

Para ser certificado como produto agroecológico, não é permitido, por exemplo, tratar a semente com fungicida, é vedado o uso de fertilizantes, e a produção tem que respeitar o processo natural, com baixo impacto ambiental.

O técnico da Emater detalha que é feito um controle social desses requisitos, bem como monitoramento das propriedades, e uma empresa realiza a certificação. Bernardi afirma que esses mecanismos garantem que a produção respeite a legislação vigente.

O especialista observa que há uma demanda crescente por esse tipo de produção, pois cada vez mais os consumidores estão prestigiando e buscando essas alternativas.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

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