Ferreiro, uma profissão em extinção

"Já construí muitas carroças, arados, e ferramentas para a agricultura", diz Loreno Hermann


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Vídeo: Joel Alves

No Bairro Conventos, em Lajeado, ainda trabalha um dos últimos ferreiros da região. Loreno Hermann (66) aprendeu a profissão de ferreiro no extinto Colégio Agrícola de Encantado, e aprimorou seu conhecimento ao trabalhar por seis meses com o ferreiro José Hugo Henemann (In Memorian).

Após os seis meses, Hermann comprou a ferraria e passou a atender principalmente às necessidades dos agricultores do Vale do Taquari. Produzia a ferraria para carroças, arados, ferramentas e qualquer objeto que facilitasse a vida de seus clientes.


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Com o passar dos anos, os agricultores foram substituindo as carroças por tratores, enxadas por máquinas de veneno e o arado virou objeto de decoração.

“Há 45 anos, quando comecei, eu trabalhava muito pois os agricultores precisavam dos meus produtos. Hoje faço mais ferramentas como: pés – de-cabra, talhadeiras e enxadas”, fala Hermann.

Confira relato de Loreno Hermann

Vídeo: Joel Alves

Atualmente existem quatro ferreiros em todo o Vale do Taquari, todos já com muitos anos de experiência e poucos interessados em seguir a profissão.

Apesar de aposentado, Hermann levanta às 5h, e vai para a ferraria, ao lado de sua casa.

“Foi aqui na ferraria que consegui tudo que tenho. Espero que esta profissão não morra”, fala esperançoso Loreno Hermann.

Texto: Joel Alves


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