Governo da Espanha vai restringir publicidade de alimentos para crianças

O governo vai usar critérios da OMS para classificar alimentos. O Ministério do Consumo também quer tornar obrigatória uma classificação sobre qualidade na frente da embalagem dos produtos, mas, para isso, é preciso de aprovação do Parlamento


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Imagem de barra de chocolate (Foto: Tetiana Bykovets / Unplash)

O governo da Espanha vai restringir a publicidade voltada a crianças e adolescentes de chocolates, doces, biscoitos, sobremesas, sucos e sorvetes, de acordo com uma reportagem publicada nesta quinta-feira (28) no “El País”.

Segundo a mídia espanhola, o governo vai baixar um decreto com a medida, que atingirá anúncios em TV, rádio, redes sociais, sites, aplicativos, cinema e jornais.

O Ministério de Consumo vai usar dados nutricionais tabelados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para decidir quais produtos terão a publicidade restringida.

O país tem uma classificação de alimentos que são problemáticos para a obesidade infantil desde 2005, mas os critérios da OMS são mais rígidos.

Alberto Gárzon, o ministro do Consumo da Espanha, afirmou que é preciso reduzir as taxas de obesidade infantil no país, que, para ele, são alarmantes.

A previsão é que a regra passe a vigorar em 2022.

A publicidade de produtos com chocolate e açúcar, barras energéticas, doces industrializados, bolachas, bebidas energéticas e sorvetes será limitada independemente dos dados nutricionais.

Outras comidas precisam ter uma quantidade de açúcares, gorduras totais e sal abaixo de certos limites.

Horários específicos

Haverá limites de horários para a veiculação de produtos que o governo da Espanha considerar nocivos para a saúde infantil.

O ministério afirmou que a ideia é regular os anúncios nas redes sociais e no YouTube.

Etiqueta nos produtos

O ministério ainda tem um plano para aprovar no Parlamento uma regra que obriga as empresas a sinalizar, de uma forma simples de entender, qual é a classificação nutricional dos alimentos, que iria variar entre classificações de A a E e verde a vermelho.

O Ministério do Consumo quer que essa sinalização esteja na frente do produto.

Na Espanha, uma parte dos produtos alimentícios já tem esse tipo de informação, mas a adesão é voluntária.

Dentro do próprio governo há oposição à obrigatoriedade da etiqueta: o Ministério da Agricultura se opõe ao projeto.

Fonte: G1

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