Grêmio e Inter tentam driblar uma dura realidade financeira de crise


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Imagem: Pixabay

A pandemia da COVID-19 representa o mais grave problemas de saúde das últimas décadas, e ao mesmo tempo afeta a saúde financeira de pessoas e instituições, sendo que os times de futebol não estão isentos dessa realidade.

Os dois grandes rivais gaúchos, Inter e Grêmio, não escaparam dessa realidade e vivem momentos delicados sem entrar em campo há vários meses. E o pior: sem perspectivas otimistas para resolver seus problemas financeiros.

Inter: venda de atletas para cobrir um rombo

Não é segredo ou especulação: o Internacional precisará ser criativo para conseguir fechar o ano de 2020 no azul. Isso é especialmente preocupante quando levamos em conta que mais da metade do ano já se foi e, em termos de futebol, representou uma temporada virtualmente inexistente.

Estamos falando de um clube que esvaziou seus cofres tentando equilibrar as contas, que inicialmente reduziu o salário de jogadores e funcionários e, quando nem isso resolveu, se viu obrigado a demitir parte do corpo de trabalhadores.

Mesmo assim, a crise fez com que o Inter perdesse mais de R$ 20 milhões em receita comparando janeiro e abril de 2020 com o mesmo período de 2019. O déficit do clube, segundo cálculos internos divulgados, ultrapassa os R$ 50 milhões.

Os planos do clube, por conta disso, são obter pelo menos R$ 95 milhões até o fim do ano para conseguir equilibrar as contas, e, sem campeonatos a disputar no curto prazo, a única maneira de fazer isso é vendendo atletas. Aliás, contratar jogador se tornou algo quase inimaginável no Inter; se alguém novo chegar, alguém do elenco tem que ir embora, simples assim.

Os nomes mais valorizados do Colorado são os de Bruno Fuchs, Patrick e Edenílson, que podem despertar interesse de europeus endinheirados, mas a realidade é que técnico e torcida não encaram isso como chance de lucro, e sim sacrificar a mão para salvar o braço. Para desafogar um pouco essa situação, o centroavante Gustagol, que veio emprestado do Corinthians para ser o substituto de Paolo Guerrero, está sendo negociado pelo time paulista para a Coreia do Sul e o Inter vai faturar R$ 2,4 milhões, quase 1 milhão a mais do que desembolsou em janeiro por 15% dos direitos econômicos do jogador.

Grêmio: capacidade de investimento reduzida

Talvez a situação do Grêmio seja um pouco menos dramática que a do rival, mas ainda assim temos que nos manter no termo “menos pior”. As coisas definitivamente não vão bem, como o próprio presidente do clube, Romildo Bolzan Jr., se vê obrigado a admitir em público.

O presidente fechou um acordo com seus jogadores e comissão técnica de adiar o pagamento de mais da metade dos salários dos profissionais, que deveria entrar entre abril e setembro de 2020, para um período diluído entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022 – isso mostra bem a perspectiva de duração dessa crise no Tricolor e no futebol brasileiro.
O que no começo da crise pandêmica era interpretado como sinal de dificuldade para contratações agora se transformou na chance real de o Grêmio se ver obrigado a vender atletas importantes do elenco só para equilibrar as contas.

O Imortal já trabalha com a possibilidade de negociar jogadores importantes como Alisson, Everton Cebolinha, Matheus Henrique, Pepê e outros. A meta financeira para manter os cofres do clube relativamente saudáveis é de R$ 70 milhões a serem arrecadados justamente com essas potenciais vendas.

Perspectivas para o futuro próximo

Do ponto de vista do torcedor, a volta do futebol é um desejo movido a paixão, o que é perfeitamente compreensível. Seja para acompanhar o time do coração, seja para voltar a se divertir no Betfair exchange ou outros sites de aposta, a bola rolando faz falta.

A verdade, porém, é que ninguém sente mais falta do futebol rolando do que os próprios clubes, que se veem com a tão necessária renda de direitos de TV ameaçada e, em termos práticos, sem trabalho para sua equipe de trabalhadores, composta por atletas, preparadores, comissão técnica e todos os outros envolvidos.

Competições como Libertadores e Copa do Brasil, especialmente porque são mais curtas e pagam excelentes premiações conforme os clubes vão avançando, são algumas das que fazem mais falta. Mas são elas justamente as mais complicadas de vermos voltando à ativa – especialmente a Libertadores, cujo retorno está submetido às federações de vários países e que podem ter visões bem diferentes do Brasil (e uns dos outros) sobre concordar com um retorno.

A perspectiva é boa? Não muito, mas o que se pode fazer no momento é o que os clubes estão fazendo: controlar a sangria para tentar salvar o todo. Resta ver se essa hemorragia financeira vai conseguir ser estancada até a crise do coronavírus terminar.

Este é um conteúdo de divulgação comercial e de responsabilidade de seus idealizadores.

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