Homem-orquestra leva alegria e diversão à Expovale 2018

Odelio Birck, 68 anos, toca dez instrumentos e carrega a estrutura da banda ao mesmo tempo. O morador de Cruzeiro do Sul esteve na feira nesta sexta (16).


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Numa sinergia de ritmos e batidas, o morador de Cruzeiro do Sul, Odelio Birck, 68 anos, promove bons momentos para quem vê e ouve a sua arte. O aposentado é o “homem-orquestra”. Toca dez instrumentos ao mesmo tempo, além de carregar toda a estrutura da banda improvisada enquanto diverte as pessoas. Na tarde desta sexta-feira (16), ele passou pela Expovale, onde chamou a atenção dos espectadores.


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São seis décadas dedicadas à música. A história começou aos 7 anos, quando Birck fabricou um instrumento, o reco-reco. Na época ele morava no Bairro Jardim do Cedro, em Lajeado, onde nasceu, se criou, estabeleceu família e permaneceu até 2011. Depois, mudou-se para Cruzeiro do Sul, junto da mulher. Segundo ele, em busca de apoio da Prefeitura local na realização do projeto.

A engenhoca chama a atenção. Tem diversas frases e, o principal, muitos instrumentos acoplados. Birck conta que “gastei toda a minha vida em música e tive muito pouco retorno. Pensei em fazer a última tentativa, montei essa máquina para me apresentar de graça nos lugares onde o povo está, para eles verem que o homem tem mesmo capacidade”. A estreia do homem-orquestra ocorreu no dia 09 de outubro de 1993, no Jardim do Cedro – data que ele lembra com saudosismo.

Entre os instrumentos tocados simultaneamente, estão “pedais, pandeiros, prato, acordeon de oito baixos, gaita de boca, entre outros”, diz ele. Por conta da idade avançada, hoje o homem-orquestra consegue tocar três músicas consecutivas. Depois, faz uma pausa para descansar. Ocorre que o peso da estrutura acaba provocando fadiga. “Eu trabalho mais na minha idade do que quando tinha 30 anos”, conta.

O equipamento que Birck leva tem diversos compartimentos. O homem-orquestra conta o que tem nas caixas. “Tem uma cadeira, se eu estou cansado eu sento. Tem roupa, fios e ferramentas. E ainda um espaço para colocar cachaça ou uma térmica com água. Se eu vou em cidades longes, Santa Cruz do Sul, por exemplo, água estranha eu não gosto de tomar. Então tenho minha água gelada”, revela.

Para quem quiser colaborar financeiramente, há um cofre, que convida aqueles que gostaram da música apresentada pelo multifunções. Com anos de dedicação à música, agora ele busca um sucessor. “Queria um rapaz. Vendo ou alugo isso. Estou aposentado e não aguento mais, mas até agora não apareceu ninguém para tocar esse negócio”. Enquanto isso, o homem-orquestra segue alegrando as pessoas por onde passa. NR

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